Algures no íntimo de
Alexander Kristoff, haveria certamente a esperança de que a 15.ª participação na
Paris-Roubaix pudesse ser diferente. Um resultado de topo, finalmente, no Inferno do Norte, naquela que foi a sua derradeira presença na clássica francesa. Mas o conto de fadas não se concretizou. O veterano norueguês, de 37 anos, caiu de forma aparatosa ainda na fase inicial da corrida e acabaria por abandonar com suspeita de concussão.
“Caí de cabeça ao chão”, contou Kristoff através das redes sociais da
Uno-X Mobility. “Depois comecei a andar na direção errada. Estava um pouco confuso e talvez tenha tido uma pequena concussão. Não sabia para que lado seguir. A certa altura, cruzei-me com outros ciclistas. Só então pensei: ‘tenho de voltar atrás’."
Vencedor de monumentos como a Milan-Sanremo e a Volta à Flandres, o norueguês tentou ainda continuar em prova, mas acabou por parar na zona de abastecimento seguinte. “Tive de parar. Também não tinha muita força numa das pernas, porque bati com o joelho. Ele soltou-se um pouco e a partir daí já estava a pedalar em clara desvantagem".
O nono lugar alcançado em 2013 continuará assim a ser o melhor resultado de Kristoff em Roubaix, num palmarés que nunca incluiu um pódio neste Monumento. Este ano, ainda conseguiu um promissor quarto posto na Gent-Wevelgem, mas a primavera terminou de forma amarga.
Anunciando recentemente que 2025 será o seu último ano como profissional, Kristoff deixa no ar a possibilidade de já não participar numa grande clássica este ano: "Foi provavelmente o meu último Monumento e, por isso, também a minha última Paris-Roubaix. É uma pena terminar a corrida dentro do carro", desabafou, encerrando com uma gargalhada resignada.