ANÁLISE: Os três marcos de carreira que Primoz Roglic poderá alcançar em 2026

Ciclismo
domingo, 07 dezembro 2025 a 13:00
Primoz Roglic
A Red Bull - BORA - Hansgrohe pode entrar em 2026 com aquilo que muitos já apelidam de “equipa de fantasia”, mas a época que aí vem poderá continuar a ser moldada por Primoz Roglic, de formas que vão muito além das manchetes de mercado. A chegada de Remco Evenepoel elevou o conjunto alemão a um novo patamar, somando mais uma superestrela a um plantel já repleto de qualidade.
Num alinhamento com Evenepoel, Florian Lipowitz, Aleksandr Vlasov, Jai Hindley, Giulio Pellizzari e outros, destacar-se será mais difícil do que nunca, mesmo para o próprio Roglic.
Ainda assim, o esloveno de 36 anos continua a ser um dos corredores mais titulados da sua geração, e mantém a fome de vencer apesar de já ter conquistado quase tudo ao alcance. E com Evenepoel apontado à liderança da equipa na Volta a França de 2026, a época de Roglic desloca-se naturalmente para outros terrenos, mas essa mudança também abre portas.
Para Roglic, 2026 traz a rara hipótese de perseguir três marcos de carreira que podem elevar ainda mais um legado já extraordinário. Não serão fáceis, mas para um tetracampeão da Volta a Espanha, cada um está claramente ao seu alcance.

1. Vencer a Volta à Suiça

Um objetivo evidente para Roglic e para a Red Bull é a Volta à Suiça, a única grande prova WorldTour por etapas de uma semana que ainda não venceu. O seu registo nas restantes é extraordinário, com triunfos nas outras seis:
  • Paris–Nice: 2022
  • Tirreno–Adriático: 2019 e 2023
  • Volta à Catalunha: 2023 e 2025
  • Volta ao País Basco: 2018 e 2021
  • Volta à Romandia: 2018 e 2019
  • Critérium du Dauphiné: 2022 e 2024
Em 2025 não pôde atacar o título suíço devido à preparação para a Volta a França. Mas, com um papel diferente em 2026, surge finalmente a oportunidade de completar a coleção “7 em 7”.

2. Atingir as 100 vitórias de carreira

O segundo objetivo é ainda mais exigente: entrar no clube restrito dos ciclistas com 100 triunfos profissionais.
Roglic iniciará 2026 com 91 vitórias, a nove do número simbólico. Em 2025 somou três, todas na Volta à Catalunha: duas etapas e a geral. Sem a lesão na Volta a Itália, o saldo poderia ter sido maior, mas está suficientemente perto para sonhar com a centena já na próxima época.

3. Bater o recorde absoluto da Volta a Espanha

Olhando para a Volta a Espanha de 2026, nem Jonas Vingegaard nem Tadej Pogacar são, para já, esperados à partida. O percurso é ainda desconhecido, mas historicamente a corrida favorece as características de Roglic.
O esloveno é já o corredor com mais sucesso na história da Vuelta, empatado com Roberto Heras, ambos com quatro títulos. Se 2026 lhe trouxer um quinto, ficará isolado como recordista absoluto da Grande Volta espanhola.
Para um corredor que fez carreira a rescrever expectativas, estes três marcos continuam claramente ao seu alcance.
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