Antevisão da Volta a Portugal 2025: Anicolor Tien21 vs Jesus David Peña, com Gilmore e Callejas à espreita

Ciclismo
quarta-feira, 06 agosto 2025 a 15:27
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A 86ª Volta a Portugal vai para a estrada de 6 a 17 de Agosto de 2025 e terá uma extensão de 1581km, composta por um prólogo, nove etapas em linha e um CRI individual. A corrida começa na cidade da Maia, onde se atribuirá a primeira camisola amarela da corrida e coroará o vencedor da edição de 2025 na cidade de Lisboa.  
Antevisão da corrida
A corrida começa com um prólogo na cidade da Maia de 3,4kms, uma mera formalidade para atribuir a primeira camisola amarela da 86ª edição da corrida.
Prólogo: Maia - Maia; 3,4kms
Prólogo: Maia - Maia; 3,4kms
A primeira etapa em linha ligará as cidades de Viana do Castelo e Braga. A etapa contará com um circuito final, onde o pelotão subirá ao Sameiro (6,4 km a 6,1%), descendo em direcção a Braga, para voltar a subir ao Santuário onde se encontrará o vencedor da jornada e certamente um novo camisola amarela.
1ª etapa: Viana do Castelo - Braga (Santuário do Sameiro); 162,3kms
1ª etapa: Viana do Castelo - Braga (Santuário do Sameiro); 162,3kms
A segunda tirada da Volta ligará Felgueiras a Fafe e será uma etapa ondulante, que passará pelo tradicional sterrato do Rali de Portugal antes de descer a Fafe, onde disputará no empedrado em ligeira subida uma chegada ao sprint. Os favoritos terão de estar de olhos bem abertos pois esta é uma etapa traiçoeira, que pode ser discutida por uma fuga ou por um grupo reduzido.
2ª etapa: Felgueiras - Fafe; 167,9kms
2ª etapa: Felgueiras - Fafe; 167,9kms
A terceira etapa será a mais longa e uma das mais difíceis da corrida. São duas contagens de terceira categoria e uma de segunda categoria, que antecedem a subida da Serra da Nogueira (8,1 km a 6,6%). Do topo da subida até Bragança é um terreno técnico e uma vez entrados na cidade os ciclistas farão um pequeno percurso final, que culminará com o final da etapa quando passarem pela linha de meta pela segunda vez.
3ª etapa: Boticas - Bragança; 185,2kms
3ª etapa: Boticas - Bragança; 185,2kms
Após uma jornada dura... outra jornada difícil. Para chegarem ao alto do Monte Farinha os ciclistas terão de pedalar ao longo de uns duros 182,9 kms e enfrentar o Alto do Popolo (8,3km a 4,3%) e Leirós ( 6,2km a 4,2%). A subida da Serra do Alvão (10,3km a 6,8%) de primeira categoria servirá para as equipas meterem as cartas na mesa antes da longa descida até Mondim de Basto, que abraçará o pelotão para a subida final à Senhora da Graça (8,4km a 7,7%). 4 subidas categorizadas nos últimos 80kms fazem desta a etapa rainha da Volta e os trepadores têm que estar a 100% neste dia.
4ª etapa: Bragança - Srª da Graça; 182,9km
4ª etapa: Bragança - Srª da Graça; 182,9km
Uma tirada para os sprinters. Ao quinto dia de competição o pelotão partirá de Lamego e percorrerá estradas bem conhecidas, descendo ao Rio Douro para enfrentar a longa subida de Bigorne (29,4km a 3%), passando por S. Pedro do Sul para fazerem a subida da Ribafeita (8,3km a 3,3%) antes da chegada a Viseu.
5ª etapa: Lamego - Viseu; 155,5km
5ª etapa: Lamego - Viseu; 155,5km
Depois do dia descanso o pelotão percorrerá um perfil ondulante mas exigente de Águeda até à sempre difícil chegada ao empedrado da cidade mais alta de Portugal Continental, a Guarda.
6ª etapa: Águeda - Guarda; 175,2km
6ª etapa: Águeda - Guarda; 175,2km
Com partida do Sabugal, a sétima etapa da competição tem como grande prato do dia a subida à Torre pela cidade da Covilhã. São 23kms a 6,3%, mas antes do ultimo sprint instalado na cidade Beirã, já o pelotão virá em subida. E todos sabem como sobem as coisas naquela vertente.
7ª etapa: Sabugal - Torre; 179,3km
7ª etapa: Sabugal - Torre; 179,3km
Oitava etapa da competição, sem grandes obstáculos para serem ultrapassados e será uma jornada para ser disputada ao sprint em Santarém, não obstante do falso plano final... para os que tiverem sobrevivido aos dias anteriores.
8ª etapa: Ferreira do Zêzere - Santarém; 178.2km
8ª etapa: Ferreira do Zêzere - Santarém; 178.2km
A novidade da 86ª edição da prova é a chegada ao Alto do Montejunto. Um dia passado na zona Oeste, com passagem pelas Caldas da raínha, Torres Vedras e Bombarral, antes da subida final até à meta (5 kms a 8,3%).
9ª etapa: Alcobaça - Montejunto; 174.4km
9ª etapa: Alcobaça - Montejunto; 174.4km
A corrida acaba na capital do país, Lisboa, com um CRI individual com um percurso exatamente idêntico ao da Volta a Espanha de 2024, mas desta vez realizado no sentido inverso.
10ª etapa CRI individual: Lisboa - Lisboa; 16.7km
10ª etapa CRI individual: Lisboa - Lisboa; 16.7km

Favoritos

Alexis Guerin - Na sua primeira temporada em Portugal, o francês da Anicolor - Tien21, tem sido o grande destaque do pelotão nacional, ganhando o GP Beiras e Serra da Estrela e o Troféu Joaquim Agostinho, duas das mais importantes provas de preparação para a Grandíssima, foi ainda 3º na Volta às Astúrias. Chega, por isso, em grande forma, e está integrado na equipa mais forte, considero-o por isso o principal favorito.
Jesus David Penã - O colombiano também chegou este ano ao pelotão nacional, vindo diretamente do worldtour, e tem sido o grande rival de Guerin, foi 3º no Troféu Joaquim Agostinho, 2º no GP Beiras e Serra da Estrela e 3º na Volta ao Alentejo, parece ser o melhor trepador do pelotão nacional, mas o prólogo e o contrarrelógio vão ser os seus grandes inimigos.
Brady Gilmore - É o mais ciclista mais creditado presente, mas isso não faz dele o principal favorito, ainda que seja obrigatório mencioná-lo. Ganhou o Tour de Taiwan, ganhou o Circuito das Ardenas e foi 10º na Volta ao Ruanda, caso se adapte à corrida portuguesa, será um grande candidato ao pódio.
Artem Nych - O campeão em título deve ser sempre considerado, no ano passado conquistou a Volta a Portugal com uma remontada impressionante na Senhora da Graça, desta vez, acredito que não terá liberdade para integrar fugas, as equipas rivais estarão alerta. Vejamos como será jogado taticamente pela equipa, recordando que tem no contrarrelógio uma arma forte.
Edison Callejas - O colombiano repete a presença de 2024 e desta vez com ambições reforçadas, vem de um 4º lugar no Tour of Magnificent Qinghai, ganhou também uma etapa no Giro d'Abruzzo e com o conhecimento prévio da corrida, tem condições para fazer um bom resultado na geral.
Outros nomes a considerar para a classificação geral: Jonathan Caicedo, Rúben Fernández, Tiago Antunes, Gonçalo Leaça, Jesus del Pino, Edgar Cadena, Moritz Kretschy, António Carvalho, Daniel Lima, Pau Martí, Joaquim Silva, Lucas Lopes, Emanuel Duarte.
Previsão para a classificação geral da Volta a Portugal 2025:
*** Guerin, David Peña
** Nych, Gilmore
* Callejas, Carvalho, Lopes, Duarte, Lima, Caicedo, Antunes, Del Pino
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