Antevisão - 5ª etapa do Tirreno-Adriatico: Vento lateral, subidas duras e descidas técnicas, a combinação ideal para uma batalha entre os punchers e favoritos da classificação geral

De 10 a 16 de março, o pelotão do World Tour corre o Tirreno-Adriatico. Esta é, por si só, uma das mais prestigiadas corridas por etapas do ano, mas serve simultaneamente de preparação para as clássicas da primavera e também de teste para a Volta a Itália. Será uma semana de corridas muito importante em Itália! Fazemos a antevisão da 5ª etapa.

O quinto dia de corrida não é muito diferente do anterior, com muitas subidas espalhadas por todos os 205 quilómetros até Pergola. As subidas não são muito difíceis, mas a diferença neste dia é que as últimas são as mais duras, e podemos ver algumas jogadas dos ciclistas da classificação geral antes do final da etapa.

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5ª etapa: Ascoli Picena - Pergola, 204,9 quilómetros

Talvez não pareça, mas esta etapa tem 3500 metros de subida Mesmo com uma corrida conservadora, é difícil imaginar um sprint a decidir a etapa (a não ser que seja entre um grupo ainda mais restrito que hoje e que saiba escalar muito bem). As hipóteses de uma fuga ter sucesso também não são baixas, uma vez que não é um dia de sprint compacto ou da classificação geral, e muitas equipas não vão querer assumir a responsabilidade, depois de 2 dias desgastantes e antes da etapa rainha. Com uma quantidade razoável de subidas no início, há definitivamente terreno para os homens fortes atacarem.

As duas últimas subidas serão os momentos-chave do dia. A primeira tem 6,3 quilómetros e 4,7% de inclinação, terminando a 26,5 quilómetros do final e com uma descida técnica - o que significa uma subida rápida, com uma luta pela posição no topo. Não vai demorar muito até os ciclistas chegarem à base da última.

O pelotão segue para Monterolo (3,9 km; 6,6%), e a subida é muito inconsistente, com rampas íngremes do início ao fim, mas também com algumas zonas menos íngremes. Teremos inclinações de dois dígitos, e pontos para os ciclistas da classificação geral tentarem fazer a diferença. Será um final aberto, onde os "puncheurs" podem certamente ter uma grande influência, uma vez que as subidas do dia não são longas e são maioritariamente explosivas.

A subida termina quando faltam apenas 7,5 quilómetros para o final e a descida passa num instante, é muito íngreme e pouco técnica, o que significa que se podem abrir espaços rapidamente. Os últimos 4 quilómetros serão então planos (com uma ligeira subida à entrada do último quilómetro), mas não técnicos, pelo que ainda é possível fazer uma perseguição. Em suma, uma etapa destinada ao caos.

O Tempo

Mapa da 5ª etapa do Tirreno-Adriatico 2025

Mau, mau, mau... Se até agora as condições climatéricas não têm sido boas nesta corrida, amanhã vão ser ainda piores. Deve chover um pouco no início do dia, com céu nublado, mas o vento vai soprar incrivelmente forte. Não, o percurso não será em estrada muito exposta, mas o vento sudoeste muito forte significa que haverá inúmeras secções de vento cruzado. É provável que haja novamente cortes e isso pode acontecer logo no início do dia. Um dia muito perigoso para a classificação geral.

Os Favoritos

A grande questão do dia será, em última análise, se esta é uma corrida para os ciclistas de CG ou para os puncheurs. Porque esta é uma corrida com apenas uma etapa de montanha, que não é tão difícil, vamos certamente ver corredores em forma como Tom Pidcock e Ben Healy lutar pela classificação geral, mas um dia como este é um onde eles podem definitivamente atacar. Olhando para as subidas que se avizinham, um pouco longas mas ainda assim explosivas, favorece os puncheurs em condições normais.

Temos uma INEOS interessante, que tem sido extremamente agressiva apesar de liderar a corrida, e eles têm feito um bom trabalho nisso. Se a oportunidade de provocar cortes aparecer, eles podem muito bem tentar fazê-lo novamente e Filippo Ganna pode esfregar as mãos. Na sua forma atual, ele pode perfeitamente ganhar esta etapa. Mathieu van der Poel, por exemplo, teria desejado um dia menos difícil no geral, mas acho que as dificuldades não serão muitas para ele e estará novamente presente no final e com uma chance de ganhar com um ataque ou mesmo um sprint.

Ciclistas como Marc Hirschi, Romain Grégoire e Roger Adrià também serão muito perigosos para este tipo de subida e final, eles estarão na frente; outros como Andrea Vendrame e Magnus Cort Nielsen podem ser muito perigosos se a corrida não for muito atacada... Corredores como Alex Aranburu, Simone Velasco e Pelayo Sanchez também têm experiência em finais tão explosivos e podem surpreender.

Mas os homens da CG vão estar ativos. Na verdade, eles têm de estar, porque Filippo Ganna está a parecer assustadoramente forte e os rivais têm que recuperar tempo para lutar pela vitória/pódio/top 5, na minha opinião honesta. Juan Ayuso, por exemplo, tem estado muito ativo e não o consigo ver a tentar ficar escondido. Até agora ele expôs-se mais do que devia, mas mostrou uma forma tremenda ao fazê-lo e tem a explosividade para fazer estragos numa subida destas - com Adam Yates a ser um tipo diferente de ciclista, amanhã talvez num papel mais secundário.

Ciclistas como Richard Carapaz, Kévin Vauquelin e Giulio Ciccone poderiam, em condições normais, também causar um grande impacto numa subida como esta, tendo as capacidades a subir, mas também a explosividade necessária para criar diferenças.

Mas também há, obviamente, um monte de ciclistas da geral que estarão lá, que não espero que sejam capazes de fazer a diferença, mas podem tirar proveito de um ataque bem cronometrado ou de alguma sorte para vencer a etapa. Pello Bilbao, Antonio Tiberi, Derek Gee, Mikel Landa e Eddie Dunbar.

Previsão para a 5ª etapa do Tirreno-Adriatico 2025

*** Tom Pidcock, Juan Ayuso, Mathieu van der Poel

**Ben Healy, Roger Adrià, Richard Carapaz, Romain Grégoire

*Filippo Ganna, Andrea Vendrame, Magnus Cort Nielsen, Marc Hirschi, Simone Velasco, Kévin Vauquelin, Giulio Ciccone, Pello Bilbao, Derek Gee, Eddie Dunbar

Escolha: Tom Pidcock

Original: Rúben Silva

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