Olav Kooij esteve descolado, ficou fechado no sprint, mas acabou por garantir a vitória, num final dramático da 4ª etapa do Tirreno-Adriatico!

Depois de uma etapa maratoniana de 240 quilómetros, a organização do Tirreno brindou os ciclistas com... outra etapa longa, de 190. Um perfil que se podia dividir em 2 metades, a primeira com muitas subidas, 2 delas longas e categorizadas e uma segunda metade, ou para ser mais preciso, os últimos 60kms, maioritariamente plana, mas num circuito, marcado por uma subida íngreme e curta. Temperatura média de 5º graus durante a etapa, com a previsão de 2º no final.

A etapa começou a subir, com a ascensão a Forca della Civita (14,3km a 4,1%) e, naturalmente, vários ciclistas tentaram integrar a fuga do dia. Após esta subida, cujo prémio de montanha foi ganho por Roger Adrià, ainda não havia uma fuga na frente, mas alguns sprinters sofriam na parte de trás. A 154km do fim, um grupo de 9 ciclistas, com Rui Costa e Rui Oliveira incluídos, parecia ter via verde para avançar, mas os interesses no pelotão ainda eram muitos e todos se voltaram a juntar. 50kms de etapa volvidos, houve finalmente autorização para deixar sair a fuga, com 5 ciclistas na frente: Jonas Rutsch, Jorge Arcas, Gijs Leemreize, Mirco Maestri e Wiliam Blume Levy.

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Uma situação de agradou a equipa do líder Filippo Ganna, a INEOS Grenadiers, mas não a UAE, que tomou conta do pelotão na subida seguinte, Valico la Crocetta (12,4km a 5,6%), tentando descartar os sprinters. A Visma uniu-se à equipa rival, fazendo cair a diferença da fuga abaixo dos 3 minutos, a 85km do fim.

Depois de ultrapassada esta subida, o pelotão pegou fogo, com a Bahrain a trazer para a frente do pelotão 3 ciclistas, aproveitando um vento lateral a cerca de 20km/h, e provocando cortes. Adam Yates, Mikel Landa, Derek Gee, Simon Yates, Eddie Dunbar, Olav Kooij ou Paul Magnier foram alguns dos afetados.

Na descida, Adam Yates arriscou e foi um dos poucos que conseguiu chegar à primeira parte do pelotão, com a diferença a cifrar-se nos 50 segundos para o segundo grupo, a 50km do fim. Poucos quilómetros adiante, o pelotão voltou a passar por uma zona exposta ao vento e surgiram novos cortes, com um grupo de 6 elementos a sair do pelotão: o líder Ganna, acompanhado por Laurens de Plus, Ayuso, Del Toro, Grosschartner e Pacher. A perseguição da Bahrain e da RedBull permitiu anular esta tentativa, mesmo antes da entrada no circuito final, a 35km do fim. Nesta fase, o grupo de Landa cedia 30 segundos para o pelotão principal e o grupo de Gee estava ainda mais para trás.

Landa furou a 23km do fim e isso foi a sorte de Derek Gee, com o basco a "cair" no grupo do canadiano e a Soudal - Quick-Step a reunir toda a equipa na perseguição, fazendo a junção ao pelotão principal a 15km do fim.

Ben Healy e Mathieu Van der Poel aproveitaram uma pequena subida a 5km do fim para atacar e provocaram alguns cortes, com irlandês a voltar a insitir e a chegar aos resistentes da fuga do dia: Maestri e Blume Levy. No pelotão, Cattaneo arrancou a 2500m do fim, mas a UAE não deixou o italiano sair. Para a frente, porém, parecia já não haver forças para chegar ao trio dianteiro.

Num final dramático, a Soudal fez novamente um grande trabalho e fechou o espaço, com o fugitivo Mirco Maestri a lançar o sprint. Paul Magnier respondeu e parecia encaminhado para a vitória, no entanto, assim que, Olav Kooij teve espaço, arrancou e conquistou a vitória! 3ª vitória do ano para o neerlandês. Rick Pluimers foi segundo e Mathieu Van der Poel terceiro, garantindo um pódio 100% neerlandês! Filippo Ganna segue líder da classificação geral.

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