De 24 a 30 de março, o pelotão do WorldTour regressa a solo espanhol para uma das provas por etapas mais exigentes do calendário: a Volta à Catalunha. Como é habitual, a corrida serve de grande teste para os trepadores, embora outros perfis de ciclistas também encontrem oportunidades. A etapa 6, no entanto, promete ser determinante na luta pela geral, com um final em alto no icónico Santuário de Queralt. Fazemos a sua antevisão.
Apesar da distância relativamente curta (159,6 km), o dia será tudo menos simples: os corredores terão pela frente seis subidas categorizadas, incluindo uma de categoria especial, totalizando cerca de 3800 metros de desnível acumulado.
A primeira parte da etapa é marcada por subidas suaves e terreno ondulado, com estradas falsamente planas. Mas não há tempo para relaxar: após a segunda subida do dia, os ciclistas enfrentam o temível Coll de Pradell – 14,7 km a 6,9% de inclinação média, divididos entre um início mais constante e um final demolidor, com rampas que chegam aos 18%. É a subida mais exigente da prova e surge ainda a 60 km da meta, podendo partir completamente a corrida.
Segue-se uma longa descida, com uma pequena colina pelo meio, até à quarta subida do dia – 4,9 km a 8,8%, finalizando a 28 km do fim. Aqui poderão surgir ataques, embora muitos aguardem pela ascensão final.
O desfecho acontece no Santuário de Queralt: 6 km a 7,3%, não é a subida mais difícil do dia, mas depois de tanto desgaste acumulado poderá provocar diferenças importantes entre os candidatos à geral. O cenário montanhoso promete um final espetacular.
O vento poderá ter um papel tático importante: prevê-se vento cruzado no Coll de Pradell e vento favorável na penúltima subida, o que pode incentivar movimentações ofensivas de longe.
Juan Ayuso (UAE Team Emirates): Recuperou recentemente a liderança da corrida e parece mais à vontade que Roglic neste tipo de terreno. A UAE dispõe de uma equipa sólida para o proteger, mas o espanhol poderá querer fazer a diferença na subida final - tal como já o fez em Montserrat.
Primoz Roglic (BORA-hansgrohe) Pode adotar uma abordagem mais defensiva, apostando nos segundos de bonificação. Giulio Pellizzari tem sido um apoio valioso e poderá ajudar a manter Roglic em posição. Dificilmente atacará de longe, mas não se pode excluir se a corrida o empurrar para isso.
Enric Mas e Mikel Landa: Os dois espanhóis seguem em 3.º e 4.º da geral, muito perto do topo da classificação. Como trepadores puros, terão aqui um terreno ideal para atacar. No entanto, a proximidade de ambos aos lugares de pódio poderá levá-los a ser mais calculistas, guardando forças para as últimas subidas.
Lenny Martínez (Bahrain-Victorious): Ainda inserido na luta pela geral, o francês tem mostrado boa forma e poderá ser um dos protagonistas neste dia duro e montanhoso. As rampas íngremes favorecem-no.
Outros nomes a ter em conta:
Previsão para a 6ª etapa da Volta à Catalunha 2025
***Juan Ayuso, Primoz Roglic, Mikel Landa
**Enric Mas, Lenny Martínez, Felix Gall
*Matthew Riccitello, Juan Pedro López, Laurens de Plus, Egan Bernal, Lennert van Eetvelt, Sepp Kuss, Simon Yates, Richard Carapaz, Ben O'Connor
Escolha: Juan Ayuso
Cenário previsto: Um dia que se adapta melhor a outros trepadores puros, mas penso que o espanhol vai confirmar a sua excelente forma e vencer de forma isolada
Original: Rúben Silva
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— Volta a Catalunya (@VoltaCatalunya) March 14, 2025
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