Antigo campeão da Volta a França não entrega o título: "Vingegaard não vem para terminar em segundo"

Ciclismo
quarta-feira, 09 julho 2025 a 12:21
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Presença assídua na Volta a França enquanto comentador e embaixador, Andy Schleck não tem dúvidas de que a luta pela camisola amarela de 2025 se resume a dois nomes: Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard. O luxemburguês, vencedor da prova em 2010, elogiou a forma atual do Campeão do Mundo, mas advertiu que o dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike continua a ser um candidato de pleno direito à vitória.
"Pogacar, obviamente, está lá. Estávamos à espera dele. Mas Vingegaard também está lá, e não vem para terminar em segundo", afirmou Schleck em declarações ao Cyclism'Actu. "Ele acredita nas suas hipóteses. Esquecemo-nos demasiado depressa que ele já dominou o Pogacar. Conseguiu-o no contrarrelógio, há dois anos, por dois minutos, já o venceu nas montanhas".
A referência de Schleck diz respeito à impressionante exibição de Vingegaard no contrarrelógio da 16ª etapa do Tour de 2023, onde esmagou Pogacar com uma margem de 1:38 num percurso de 22 km, selando praticamente a classificação geral. Agora, o ex-campeão luxemburguês lembra que o atual duelo tem história e equilíbrio.
A 4ª etapa da atual edição, marcada por uma chegada explosiva em Rouen, foi vencida por Pogacar, mas Vingegaard respondeu com autoridade ao ataque do esloveno na última subida, terminando colado ao esloveno e sem perder tempo. Um desempenho que, para Schleck, reforça que a batalha está longe de estar decidida.
"Ele sabe como o fazer. Teve uma preparação perfeita este ano, sem qualquer contratempo. Por isso, para mim, ele também merece uma classificação de cinco estrelas pela vitória. Pogacar é forte, mas todos são derrotados um dia. Talvez 2025 seja o ano da sua derrota", argumentou Schleck.
O próximo teste relevante será o contrarrelógio individual desta quarta-feira, uma tirada de 33 km com partida e chegada em Caen, que promete mexer com as contas da geral. Com apenas 8 segundos a separar os dois no início do dia, esta poderá ser a primeira oportunidade para um deles assumir vantagem clara, embora seja incerto se o percurso plano favorece mais Pogacar ou Vingegaard.
Por agora, Schleck recusa apontar um favorito absoluto e destaca que a primeira semana ainda trará “etapas traiçoeiras” onde tudo pode mudar rapidamente. "É preciso estar concentrado. A Volta não se ganha só nas montanhas ou nos contrarrelógios. Também se perde nas distrações", concluiu.
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