Armstrong, Wiggins e Hincapie fazem a antevisão da 7ª etapa: "É uma subida muito dura onde não nos podemos esconder"

Após um sexto dia veloz e exigente na Volta a França 2025, o pelotão enfrenta esta sexta-feira mais uma chegada em alto, com a icónica subida do Mur-de-Bretagne a marcar o final da etapa. Embora o traçado não seja o mais duro da semana, Lance Armstrong alertou para as armadilhas da subida bretã, que já provocou diferenças significativas em anos anteriores.

O último vencedor neste final foi Mathieu van der Poel, que volta agora ao local com a camisola amarela. No entanto, o esforço despendido para recuperar a liderança da geral pode vir a ter custos. "Ele vai ter de recuperar do esforço, estava acabado depois da etapa, mas está de volta à camisola amarela, um segundo à frente de Pogacar. O Mur-de-Bretagne vai ser subido por duas vezes com rampas de 15% nos últimos 15 quilómetros. Mais uma etapa emocionante", comentou Armstrong no podcast The Move.

A subida final estende-se por dois quilómetros, com uma inclinação média a rondar os 7%, mas inclui secções com inclinações superiores a 10%. A estrada suaviza ligeiramente nos metros finais, tornando o final propício a um sprint entre os favoritos que resistirem. Contudo, a luta pela posição na entrada da subida será feroz, o que tornará o esforço total bem superior aos dois quilómetros da ascensão principal.

George Hincapie, que conhece bem esta subida e que foi peça-chave na vitória de Cadel Evans em 2011, descreveu-a como um dos pontos críticos da corrida: "É uma subida muito dura onde não nos podemos esconder. Chega-se muito rápido na aproximação e as percentagens começam a subir 11, 12, 13, 14%. Vamos assistir a uma grande etapa, os tipos da classificação geral vão ter de atacar, vão ter de se mostrar".

A possibilidade de uma fuga triunfar neste tipo de etapa foi discutida no episódio, mas a previsão geral é de que o pelotão controle a corrida. Bradley Wiggins rejeitou essa hipótese e Hincapie explicou a sua perspetiva: "A partida não é assim tão difícil e se os Emirates e a Alpecin quiserem controlar a corrida, poderão fazê-lo".

Com Van der Poel a liderar por apenas um segundo sobre Tadej Pogacar, esta etapa poderá provocar uma nova mudança de liderança na geral. Se isso acontecer, pode não ser um cenário tão negativo para a UAE Team Emirates - XRG, uma vez que as etapas do fim de semana serão destinadas aos sprinters.