Bakelants elege Van Aert como “vencedor moral” da Amstel: “Foi um grande impulso de confiança”

Ciclismo
segunda-feira, 21 abril 2025 a 18:57
van aert
Assistimos ontem a uma das chegadas mais emocionantes na Amstel Gold Race dos últimos anos, com Mattias Skjelmose a surpreender Tadej Pogacar e Remco Evenepoel num épico sprint a três. No entanto, fora do pódio, o quarto lugar de Wout van Aert, 34 segundos atrás do trio, foi destacado por Jan Bakelants como um momento fundamental para o belga da Team Visma | Lease a Bike.
“Entre os meros mortais, Wout van Aert foi o vencedor moral da corrida”, afirmou Bakelants em análise para a Sporza. “Ele conseguiu vencer um sprint depois de um dia difícil na bicicleta, contra tipos rápidos como Michael Matthews e Tom Pidcock. Claro, foi para o quarto lugar, mas vai fazer bem ao Wout.”
Nos últimos tempos, Van Aert tem falhado nos sprints finais. Derrotas frente a nomes como Neilson Powless na Dwars Door Vlaanderen e o surpreendente desfecho na Brabantse Pijl, frente a Evenepoel, levantaram dúvidas quanto à sua ponta final.
Mas segundo Bakelants, este sprint para o quarto lugar na Amstel pode marcar um ponto de viragem:
“Foi um sprint forte. Não se pode pôr de lado”, avaliou. “Penso que a confiança dele no sprint tinha caído tanto que isto é um grande impulso. Vimos nas grandes corridas de domingo, como Flandres e Roubaix, que o Wout esteve muitas vezes em desvantagem. Ainda conseguiu chegar ao sprint para o pódio, mas continuou a ser batido.”
Bakelants sublinhou também o calibre dos adversários que Van Aert superou neste último esforço:
“Michael Matthews é o tipo de ciclista que ainda consegue fazer um sprint forte depois de uma corrida difícil. Foi quarto na Milan-Sanremo num sprint com Kaden Groves”, relembrou. “Por isso, quando o Wout leva a melhor sobre ele na Amstel, isso significa alguma coisa.”

Sinais positivos para o que aí vem

Apesar de terminar fora do pódio, Van Aert voltou a ficar à porta dos primeiros lugares, num dos percursos mais exigentes da primavera. Para Bakelants, que disputou nove edições da Amstel sem nunca terminar no top 10, esse detalhe não pode ser subestimado.
“Não foi uma vitória, nem um pódio, mas pode ter sido a faísca que faltava para recuperar a autoconfiança. Às vezes, é num sprint pelo quarto lugar que se ganham sensações decisivas para o resto da época.”
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