Bryan Coquard sente-se psicologicamente abalado depois do incidente com Jasper Philipsen na 3ª etapa da Volta a França!

Ciclismo
quinta-feira, 10 julho 2025 a 9:00
bryancoquard
Bryan Coquard está a viver um início atribulado na Volta a França de 2025. O sprinter da Cofidis envolveu-se numa queda na terceira etapa com Jasper Philipsen, vencedor da primeira tirada e portador na altura da camisola verde, que acabou por abandonar a corrida com uma clavícula fraturada. O incidente não só marcou um dos momentos mais dramáticos da primeira semana, como também colocou Coquard debaixo de fortes críticas por parte do pelotão e das estruturas organizativas da prova.
Como consequência, os responsáveis do Tour atribuíram a Coquard um cartão amarelo. Uma sanção disciplinar simbólica, mas com implicações sérias: dois cartões significam expulsão imediata da corrida. Em entrevista ao L'Équipe, Coquard falou do impacto físico e emocional da queda. “Foi doloroso, senti-me como se um camião tivesse passado por cima de mim durante a noite. É mais parecido com um acidente de viação do que com uma queda de bicicleta”, descreveu. “Tenho dores por todo o corpo, mas não tenho ossos partidos e continuo no Tour... Dormir foi difícil, muito difícil.”
Jasper Philipsen foi obrigado a desistir da Volta a França 2025 à 3ª etapa
Jasper Philipsen foi obrigado a desistir da Volta a França 2025 à 3ª etapa
O francês reconheceu que passou por um momento emocionalmente delicado após a queda. “Viram o meu estado ontem… Estava num estado emocional complicado. Mas falei muito, analisei a situação, precisava de outras opiniões. Quando me viram depois da chegada, eu só tinha visto um vídeo antes de sair do autocarro. Mais tarde consegui colocar tudo em perspetiva.”
Na etapa seguinte, o receio de uma nova infração condicionou completamente a sua abordagem à corrida. “O cartão amarelo foi algo que me preocupou imenso hoje. Porque, com dois, estou fora da Volta a França. Acho isso extremamente injusto”, desabafou.
Coquard revelou ainda que encontrou apoio entre os colegas do pelotão. “99% do pelotão veio falar comigo hoje e disse-me que era injusto. Continuo a lamentar muito o que aconteceu com o Philipsen, é um episódio infeliz da corrida.”
Com medo de uma nova penalização, Coquard adotou uma postura defensiva ao longo da etapa. “Hoje, passei o dia todo a travar, a deixar os outros passarem, só para não correr o risco de levar outro cartão. Estive constantemente em modo de contenção.”
O francês segue em prova, mas com o fardo de uma queda polémica e a tensão de saber que qualquer deslize pode significar o fim precoce da sua Volta. O episódio reforça a crescente atenção ao comportamento nos sprints e à necessidade de segurança, sem deixar de expor o quão difícil é lidar com a pressão psicológica de um pelotão que nem sempre perdoa.
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