Patrão da Cofidis defende Bryan Coquard: "Assim vão passar a distribuir 25 cartões por dia..."

Ciclismo
terça-feira, 08 julho 2025 a 14:50
coquard
Bryan Coquard é um dos sprinters mais experientes do pelotão da Volta a França 2025, mas dificilmente em toda a sua carreira se viu no centro de uma polémica como a que tem dominado as manchetes nas últimas 24 horas. O francês da Cofidis esteve envolvido na queda que obrigou Jasper Philipsen, líder da classificação por pontos, a abandonar a corrida durante o sprint intermédio da terceira etapa.
Se o incidente já tinha suscitado bastante debate entre comentadores e especialistas, a situação agravou-se com uma vaga de críticas nas redes sociais, algumas delas com teor abusivo, apontando Coquard como culpado direto pela queda de Philipsen. A Cofidis não ficou indiferente à situação e publicou um comunicado oficial nas suas redes sociais, em defesa do seu ciclista de 33 anos.
"Após a terceira etapa, Coquard sublinhou mais uma vez o quão profundamente foi afetado pela queda de Jasper Philipsen e subsequente abandono", começou por referir a equipa. "Foi um incidente infeliz durante a corrida, mas ele não foi de forma alguma responsável. Como fãs de ciclismo e entusiastas do desporto, condenamos qualquer forma de intimidação ou abuso dirigido aos nossos ciclistas nas redes sociais".
A formação francesa garantiu ainda que poderá tomar medidas legais: "A equipa reserva-se o direito de apresentar uma queixa contra qualquer pessoa que prejudique a sua integridade e deseja expressar o seu total apoio a todos os seus ciclistas. Desejamos também a todos os ciclistas afetados pelas quedas de segunda-feira uma rápida recuperação".
Também o diretor desportivo da Cofidis, Cédric Vasseur, se manifestou sobre o episódio, numa entrevista ao Sporza, onde defendeu Coquard e criticou a atribuição de um cartão amarelo ao seu ciclista. "O Bryan não cometeu qualquer erro", afirmou. "Infelizmente, foi um incidente de corrida. Ele chocou com o camisola verde, mas só porque algo acontece não significa que alguém seja culpado".
Vasseur explicou ainda o contexto do sprint e o que poderá ter originado o desequilíbrio. "Olha para o sprint, o Bryan mantém a sua linha. Ele próprio também foi vítima de um incidente de corrida. Houve uma primeira vaga da Lidl-Trek que empurrou o Bryan na direção do ciclista da Intermarché - Wanty. Isso desestabilizou-o. De alguma forma, ele conseguiu salvar-se, não me perguntem como. Mas ele tocou no Jasper, que infelizmente caiu".
Em relação à sanção imposta, o dirigente foi contundente: "Se estamos a dar um cartão amarelo por causa disto, isso desvaloriza o significado do cartão. Vamos discutir o assunto com os diretores da prova e talvez seja anulado. Como se tratava da camisola verde, o júri sentiu que tinha de reagir. Mas se for essa a norma, vão passar a distribuir 25 cartões por dia e, dentro de alguns dias, seremos todos mandados para casa".
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