Campeão espanhol em fúria após a 15ª etapa da Volta a França: "Tenho muita raiva no meu corpo"

Iván Romeo foi uma das figuras mais combativas da 15ª etapa da Volta a França 2025. O jovem espanhol da Movistar Team deu tudo em busca do triunfo, mas apesar de uma exibição determinada e repleta de ataques, terminou apenas no 14º lugar, longe do objetivo traçado.

O campeão nacional espanhol teve um dia complicado desde o quilómetro zero. Logo no início da tirada, uma queda de grandes dimensões afetou o pelotão, deixando cortados todos os ciclistas da Movistar, além de nomes como Jonas Vingegaard e Florian Lipowitz. A equipa espanhola trabalhou para minimizar os danos e recuperar terreno, com Romeo a fazer a ponte para o grupo do camisola amarela alguns quilómetros mais adiante, na companhia de Jonas Vingegaard.

Instantes depois, os ventos cruzados criaram novos cortes e voltaram a deixar a Movistar em apuros, com quase todos os elementos arredados da luta pela etapa, exceto Romeo. A partir daí, o jovem de Valladolid não baixou os braços e lançou sucessivos ataques na frente do pelotão, conseguindo integrar a fuga. Na Côte de Sorèze, conseguiu integrar o grupo perseguidor onde se encontrava Wout van Aert. Os dois colaboraram e acabaram por alcançar os que perseguiam Tim Wellens, mas a luta pela vitória já lhes estava vedada.

No final da etapa, Romeo mostrou-se visivelmente desolado. Apesar de ter dado tudo, o desfecho esteve longe do que idealizava. "Não sei o que dizer. Vimo-nos lá, não íamos ganhar, vi um bom lugar no final, a 3 minutos do fim, quando começámos. A equipa merecia mais. Foi uma etapa para mim, fomos contra a corrente, o Einer e o Enric fizeram 20 km só para mim", começou por dizer.

"Nelson Oliveira lançou-se ao ataque por mim, Vingegaard foi atrás de mim. Voltei a arrancar várias vezes, no final com o Van Aert. Mas tudo isto para conseguir um lugar que não serve para nada, estou muito triste e chateado. Não era isto que eu queria e ainda mais quando chegámos ao grupo da frente", desabafou.

"Cheguei lá no final, ataquei, pensei que ia ser terceiro, mas no final saiu o Simmons. Sou muito competitivo e acho que a equipa merecia mais. Tenho muita raiva no meu corpo, tudo correu mal hoje, acho que tinha as pernas, é isso que me deixa tão zangado. Quero e vou querer sempre ganhar, isso nunca vai mudar", concluiu o jovem da Movistar Team.