Chris Froome, no dia em que celebra 40 anos, revela o sonho para esta temporada: "Tenho esperança de ainda correr o Tour ou a Vuelta"

O maior especialista de Grandes Voltas da década passada celebrou esta terça-feira o seu 40.º aniversário. E, sim, Chris Froome continua a pedalar. Parabéns ao tetracampeão da Volta a França, que assinala este marco com a mesma determinação que o tornou lendário.

Desde que assinou pela Israel - Premier Tech, em 2021, com um contrato de cinco anos, a aposta de Sylvan Adams foi muitas vezes olhada com cepticismo. Era difícil acreditar que Froome, depois do violento acidente sofrido no Dauphiné de 2019, pudesse voltar a aproximar-se do nível que o levou à conquista de sete Grandes Voltas.

O tempo veio confirmar que os danos físicos foram profundos demais para serem totalmente ultrapassados. Ainda assim, o britânico teve momentos de brilho pontual, como na Volta a França de 2022, quando foi terceiro classificado na mítica chegada a L'Alpe d’Huez - uma das últimas imagens de Froome a disputar uma etapa ao mais alto nível.

Apesar das dificuldades dos últimos anos, Froome não perdeu o apetite competitivo. O britânico mantém o desejo de voltar a uma Grande Volta e, realisticamente, a sua melhor hipótese poderá passar por integrar o alinhamento da Israel - Premier Tech para a Volta a França ou para a Volta a Espanha deste ano.

"Tenho esperança de ainda correr o Tour ou a Vuelta", declarou. "Sinto-me bem. É verdade que houve mais um grande contratempo com a minha clavícula, que me obrigou a voltar à estaca zero. Mas estas coisas acontecem... infelizmente, cada vez mais frequentemente no pelotão".

O tempo não perdoa e a nova geração impõe ritmos cada vez mais exigentes, mas Froome continua a encarar o ciclismo com a mesma mentalidade que o levou ao topo: perseverança, sacrifício e uma fé inabalável nas suas capacidades. A história dirá se ainda veremos o britânico de volta ao palco principal - mas a vontade, essa, continua intacta.