Christophe Vandegoor sobre Jonas Vingegaard e a Visma: "Talvez joguem o tudo ou nada"

A Team Visma | Lease a Bike pegou pela primeira vez na corrida e fez uma 15ª etapa da Volta a França de forma agressiva. Na etapa mais difícil da corrida, a equipa seguiu uma tática delineada há meses e preparou os seus ciclistas para um assalto nos Pirinéus. No final do dia, Jonas Vingegaard perdeu mais de um minuto na estrada, mas com mais de 7 minutos sobre o 4º classificado João Almeida, há quem acredite que a equipa holandesa vai arriscar tudo para ganhar esta corrida.

"O Tadej Pogacar é muito elogiado, mas acho que a Visma-Lease a Bike fez um grande trabalho para o Vingeggard. A sua mulher que está grávida estava lá com o seu primeiro filho." Christophe Vandegoor comenta para o Sporza: "Enquanto a mulher corria atrás dele, via-se que Vingegaard pensava: "Está bem, vou ficar em segundo lugar no Tour, mas há dois meses estava num hospital. Ter a família aqui é o mais importante".

O dinamarquês fez uma exibição ao seu melhor nível no domingo mas não foi suficiente para bater um rival que também está em grande forma. Um segundo lugar no meio de tanta concorrência e depois de meses tão difíceis que antecederam a corrida já é honroso, mas o dinamarquês não tem nada a perder no que diz respeito à sua classificação geral.

Começou a 16ª etapa a 3:09 minutos de Tadej Pogacar, mas ainda tem algumas etapas de montanha pela frente, incluindo os desafios brutais e de alta altitude da 19ª etapa. Mas Vandegoor também acredita que há razões para já estar satisfeito. "A imagem de domingo (etapa 15) não me sai da cabeça. A relatividade de chegar em segundo lugar na Volta à França depois de ter escapado à morte, é disso que se trata no final."

E a táctica certa para a Visma é na sua opinião pôr novamente em prática o plano da 15ª etapa e esperar que o cansaço de Pogacar possa beneficiar o trepador dinamarquês. "O plano que a Visma-Lease a Bike tem irá ser posto em prática. Na segunda metade da terceira semana, eu correria da mesma forma se hesitar."

"Devido à acumulação de etapas difíceis, a fadiga acumular-se-á. Talvez joguem o tudo ou nada. O Vingegaard já disse na conferência de imprensa que não está a olhar para trás. É um mérito dele o facto de continuar a ter esperança e é isso que temos de fazer. Nunca se pode calcular se Pogacar vai ter um momento de fraqueza ou não", concluiu.