Daniel Lima representa a Israel - Premier Tech Academy e em 2025 teve a oportunidade de abrir a temporada no Gran Camiño, ao serviço da equipa principal. Terminou num modesto 104º lugar, mas contribuiu para a vitória na classificação geral do colega de equipa, Derek Gee.
Numa entrevista à Agência Lusa, o ciclista natural de Faro mostrou-se satisfeito e confessou que espera ter mais oportunidades na equipa principal, nesta que é a sua 3ª temporada ligado a esta estrutura, "Acho que mostra que estou bem e que a equipa confia em mim para estar aqui com uns grandes colegas de equipa. É um bom sinal".
O ciclista de 20 anos cumpriu no Gran Camiño a sua 3ª corrida por etapas ao serviço da equipa principal da Israel (depois do Czech Tour 2023 e do Tour de Taiwan 2024). Sobre a possibilidade de mais corridas com a equipa principal, Daniel Lima disse: “Depende de como correrem as coisas durante a época, mas claro que gostaria de integrar mais a equipa principal. Vamos ver”, declarou o corredor formado na equipa de juniores da Bairrada, o maior viveiro de talentos nacional.
Esta temporada, o português ainda terá mais algumas corridas no pelotão sub-23, onde tem conseguiu boas prestações em 2024, com destaque para o 10º lugar na Corrida da Paz e o 26º no Tour de l'Avenir, "Evoluí desde o ano passado. Gostava de estar mais presente no final das corridas. Claro que nesta corrida (Gran Camiño) não, vou estar mais ao dispor da equipa, mas noutras. Quero competir pelos primeiros lugares e passa por aí o objetivo", indicou.
Numa entrevista pré-corrida ao nosso site, Lima já tinha revelado parte do seu calendário próximo "Vou à Volta ao Alentejo, depois ao Circuito das Ardenas e à Liége (sub-23)". Não conhecendo o restante calendário promete "dar tudo", numa equipa onde se sente muito bem "Todos os anos é melhor, porque cada vez mais me sinto em casa, e gosto muito de estar aqui nesta equipa".
O 3º classificado no nacional de contra-relógio e 4º no nacional de fundo, ambos na categoria de sub-23, no ano de 2023, falou sobre o sonho de chegar ao worldtour, que não encara como uma obsessão imediata, "Claro que não é um objetivo final. Eu quero é fazer boas corridas. Acho que aí é mais um mérito chegar ao WorldTour do que propriamente um objetivo", esclareceu à Lusa.
Com "cada vez mais" bons exemplos lusos no escalão principal, Daniel Lima admite que "daqui a dois anos gostava de estar na mesma posição" de João Almeida e companhia. Pessoal que conheço, de perto, chegou lá, então se eles conseguiram, acho que qualquer um consegue. Basta trabalhar".