"Com o Remco vamos dar o passo final" A Red Bull-BORA mostra-se ambiciosa para as Grandes Voltas em 2026

Ciclismo
segunda-feira, 08 setembro 2025 a 19:30
Remco Evenepoel
A Red Bull - BORA - Hansgrohe encara a chegada de Remco Evenepoel em 2026 como o passo decisivo para passar de candidata ao pódio a verdadeira vencedora de Grandes Voltas. O diretor desportivo Sven Vanthourenhout assegura que a estrutura já mostrou ser capaz de oferecer garantias e que a integração do belga será o catalisador para um salto qualitativo.
“Nas primeiras semanas após a transferência, levantaram-se muitas questões”, admitiu ao WielerFlits. “Os analistas e a comunicação social perguntaram se este era o ambiente certo para o Remco. Não acho que essas críticas sejam justas. Vemos na Vuelta e vimos no início do Tour que a equipa é mais do que capaz.”

Vários líderes para gerir

Para Vanthourenhout, a contratação de Evenepoel trouxe desde já uma nova dinâmica. “Todos na equipa estão ansiosos pela sua chegada e ele também. Nota-se que há vontade de gerar energia positiva, de contribuir e garantir que, em 2026, possamos deixar imediatamente a nossa marca nas maiores corridas.”
O belga sente que há “uma nova visão em todo o plantel e em todos os departamentos”. Apesar de admitir que haverá altos e baixos, está convicto de que a transição será suave: “É por isso que é tão importante terminar este ano em grande.”
Com Evenepoel a juntar-se a Jai Hindley, Primoz Roglic, Aleksandr Vlasov, Florian Lipowitz e Giulio Pellizzari, a BORA terá de lidar com muitos homens de qualidade para as Grandes Voltas. Vanthourenhout encara isso como um desafio positivo: “Ainda é cedo para definir as coisas. O calendário é vasto entre as três Grandes Voltas, clássicas e corridas de prestígio. No inverno vamos distribuir funções, mas o essencial é que todos estão prontos para receber o Remco de braços abertos.”

2025 difícil, mas sinais de recuperação

O dirigente reconheceu que 2025 ficou aquém das expetativas, sobretudo nas Clássicas da primavera: “Ninguém negará que não foi o que deveria ter sido. Cabe-nos agora identificar fragilidades e trabalhar nelas a partir de outubro.”
Ainda assim, destacou o terceiro lugar de Lipowitz no Tour e o bom desempenho coletivo que a equipa está a ter na Vuelta, onde Hindley e Pellizzari ocupam atualmente o 4º e 6º lugares da geral. “O pódio está ao alcance do Hindley e o Pellizzari também está em destaque. Mas acima de tudo, o ambiente no grupo é excelente e isso é crucial na terceira semana de uma Grande Volta.”
A reestruturação do plantel foi acompanhada por mudanças técnicas. Com as saídas de Rolf Aldag e Enrico Gasparotto, Vanthourenhout assumiu funções em julho e Allan Peiper deverá também integrar a equipa. “O objetivo é colocar cada pessoa na função em que pode acrescentar mais valor. No passado sentiu-se falta disso. Agora as peças estão a encaixar-se. Até ao primeiro estágio, a estrutura tem de estar concluída.”

“A chegada perfeita no momento certo”

Para Vanthourenhout, a contratação de Evenepoel simboliza mais do que um reforço de luxo: é o momento da viragem. “Esperamos que 2025 tenha sido um ano de transição e que a partir de 2026, possamos lançar uma nova base. Todos estão a trabalhar para construir a estrutura certa e com o Remco, temos motivos para acreditar que a equipa está pronta para dar o passo final.”
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