Chegou ao fim a carreira profissional de
Geraint Thomas, vencedor da
Volta a França em 2018 e um dos maiores nomes do ciclismo britânico. O adeus fez-se em casa, em Cardiff, diante da família, amigos, companheiros de equipa e adeptos. A despedida emocionou não só o pelotão, mas também antigos colegas e comentadores, entre eles Adam Blythe, que lhe prestou homenagem em directo na TNT Sports.
“É óbvio que ele vai estar exultante. Vão haver muitas emoções”, disse Blythe, antigo campeão nacional britânico e amigo de longa data de Thomas. “Acho que a última vez que o vimos chorar foi no Giro. Antes disso foi quando ganhou o Tour. Foram momentos enormes da sua carreira e este também é, porque fecha um capítulo da sua vida, conseguindo fazê-lo com os seus companheiros de equipa.”
Um dos mais bem-sucedidos da sua geração
Com a vitória na Volta a França de 2018 como ponto mais alto, Thomas acumulou ainda quatro pódios em Grandes Voltas, títulos olímpicos na pista e vitórias em provas prestigiadas como a Paris-Nice, Critérium du Dauphiné, Volta à Suíça e E3 Saxo Classic. Um palmarés que o coloca entre os ciclistas mais completos e bem sucedidos da sua geração.
“A carreira do Geraint foi enorme e o seu percurso no ciclismo foi absolutamente inacreditável”, acrescentou Blythe. “Ele começou por se concentrar nas Clássicas, depois tornou-se protagonista na Volta a França. É uma inspiração e um modelo para qualquer pessoa que entre no ciclismo. É um homem fantástico.”
Thomas cruza a linha de meta pela última vez como ciclista profissional
“Um homem comum, tão identificável”
No estúdio da TNT Sports, Matt Stephens focou-se mais no lado humano do galês. “A razão pela qual ele é tão popular não são apenas os resultados, a vitória no Tour ou o sucesso olímpico. É porque ele é um de nós, um homem comum e tão, tão identificável”, afirmou.
Stephens destacou ainda a forma como Thomas sempre conciliou a carreira com a vida pessoal: “É um homem de família, um colega dedicado, um ciclista de equipa, alguém que inspira e um verdadeiro líder.”
Uma ausência sentida no pelotão
Independentemente do papel que venha a desempenhar na
INEOS Grenadiers fora da bicicleta, Stephens admite que a ausência de Thomas no pelotão será sentida. “Estou ansioso por ver o próximo capítulo, mas estou emocionado. Todos nós estamos, porque o conhecemos bem e ele vai fazer falta. Não o vemos chorar muitas vezes, mas não há elogios suficientes para este homem. É um ser humano adorável, que personifica o que há de mais belo no ciclismo.”