No segundo dia de descanso da
Volta a Espanha 2025,
Jonas Vingegaard apresenta-se calmo, confiante e no controlo da corrida. Líder da classificação geral com 48 segundos de vantagem sobre
João Almeida, o dinamarquês da
Team Visma | Lease a Bike respira tranquilidade, mas não esconde que a ausência de Tadej Pogacar marca uma diferença clara nesta edição.
“O Pogacar não está cá e isso torna as coisas um pouco mais fáceis em alguns aspetos”, afirmou à TV2, com um sorriso. “Quando ele está por perto, temos de o testar todos os dias, à procura de um ponto fraco. Sem ele, a corrida torna-se diferente.”
A ausência do rival esloveno
Nos últimos dois anos, Pogacar e Vingegaard travaram duelos épicos que moldaram a narrativa das Grandes Voltas, em particular na Volta a França. Desta vez, sem o esloveno, que triunfou no Tour e optou por não alinhar na Vuelta, o dinamarquês surge como líder indiscutível, embora enfrente resistência de peso.
O principal opositor é João Almeida, segundo da geral e companheiro de equipa de Pogacar na UAE Team Emirates - XRG. O português terá agora a oportunidade de medir forças no próximo contrarrelógio individual, uma disciplina em que, curiosamente, leva vantagem histórica frente ao dinamarquês.
Segundo o ProCyclingStats, Almeida lidera o confronto direto em CRI por 4-3, um dado que surpreendeu Vingegaard. “A sério? Isso é interessante. Ele é muito forte no contrarrelógio e um ciclista sólido no geral. Mas, para ser honesto, estou mais focado em mim e em fazer o meu melhor desempenho possível.”
Olhos postos no contrarrelógio
O dinamarquês recordou que o percurso não é ideal para as suas características: “É praticamente o mesmo que há dois anos e nessa altura não me correu muito bem. Espero desta vez conseguir um resultado melhor.”
Apesar da liderança, Vingegaard mantém a cautela, consciente de que as margens numa Grande Volta são sempre reduzidas. “Estou 100% convencido de que consigo ganhar. Temos uma equipa muito forte e sinto que estou a melhorar a cada dia. Já tive dias muito bons e outros menos bons, mas acredito que vou continuar a crescer ao longo da Vuelta.”