Debate sobre segurança reacende-se após treino da Visma ser seguido por fãs: "Pode, de facto, ser perigoso", diz Vingegaard

A sessão de treino realizada pela Team Visma | Lease a Bike durante o dia de descanso em Toulouse voltou a lançar o debate sobre a segurança dos ciclistas, depois de ter sido acompanhada por um número significativo de amadores.

Jonas Vingegaard foi um dos que alertou para os potenciais perigos, admitindo que, apesar de a interação com os adeptos ser valiosa, o risco é real. A opinião do bicampeão do Tour foi partilhada em declarações ao Wielerflits.

"Lembro-me de um reconhecimento de há dois anos do contrarrelógio de Combloux (que ele ganhou em 2023). Vários ciclistas também estavam a pedalar lá, e quase fizeram cair o Wilco Kelderman. Pode, de facto, ser perigoso", afirmou.

Ronald Koeman, selecionador nacional dos Países Baixos, que marcou presença no Tour esta semana, também partilhou a sua surpresa com o número de adeptos a seguir ciclistas como Vingegaard e Wout van Aert durante os treinos, muitos deles a tentar fotografá-los e abordá-los em andamento.

Embora este contacto com os fãs faça parte do ADN do ciclismo, os riscos não são negligenciáveis. Além de possíveis colisões, existe também preocupação com eventuais contágios, algo que algumas equipas já levaram em conta em edições anteriores do Tour, especialmente em tempos de pandemia.

A discussão centra-se agora na forma como as equipas devem gerir este equilíbrio entre proximidade com o público e proteção dos seus líderes. Algumas defendem mais segurança; outras, maior consciencialização dos adeptos.

No arranque da 11ª etapa, que se prevê explosiva e com potencial impacto na luta pela geral, Jonas Vingegaard comentou ainda o que espera da corrida: "Bem, isso depende do estilo de corrida das outras equipas. Se uma equipa estiver disposta a controlar as coisas e houver uma fuga controlável à frente, é difícil para os atacantes. Mas há, sem dúvida, muitos ciclistas que querem atacar".