Diretor da Visma sobre a prestação de Jonas Vingegaard na 2ª etapa da Volta ao Algarve: "Os ciclistas na sua roda beneficiaram do seu trabalho"

A Team Visma | Lease a Bike chegou à Volta ao Algarve com Sepp Kuss, Wilco Kelderman e Wout van Aert a apoiarem Jonas Vingegaard, mas na chegada ao Alto da Foia nenhum deles conseguiu desempenhar um papel fundamental. O dinamarquês não conseguiu executar a sua tática como esperado e a equipa lamenta que Visma tenha sido tão pressionada na última subida.

A luta pelo posicionamento para a penúltima subida foi furiosa e deixou o pelotão em pedaços. A Visma teve um percalço com Wout van Aert, mas a ausência de Sepp Kuss do grupo da frente à medida que o pelotão se afunilava era evidente. Wilco Kelderman esteve presente, mas com dificuldades em estar bem colocado, enquanto Ben Tulett seguiu o ataque vencedor do grupo de Jan Christen, mas depois cedeu e não pôde contribuir para a perseguição do grupo da frente.

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Isto deixou a Visma sem ninguém para ajudar Jonas Vingegaard nos últimos quilómetros, com uma grande diferença para o grupo onde Christen acabaria por chegar à vitória. Vingegaard, que fazia o seu primeiro esforço em subida em prova desde agosto, atacou a 1,5 quilómetros do fim, ainda puxou na frente do grupo, mas não teve a colaboração de ninguém.

Este trabalho acabou por favorecer João Almeida que tinha um colega de equipa no grupo da frente, e conseguiu seguir Vingegaard até que este decidiu lançar o seu próprio ataque e ganhar 10 segundos na estrada - mais 6 segundos em bonificações - nos últimos 500 metros. Esta é uma diferença que pode decidir a corrida.

"Taticamente, fizemos uma boa corrida hoje. O Ben [Tulett] estava no ataque na última subida, mas, infelizmente, não aguentou o ritmo", declarou o diretor desportivo Arthur van Dongen num comunicado de imprensa divulgado pela equipa. "Vingegaard fez então um grande esforço na frente do grupo dos favoritos e quase sozinho fechou a diferença de trinta segundos".

"No final, os ciclistas na sua roda beneficiaram do seu trabalho, que é o que o ciclismo faz", aceita. Nos próximos dias planos, é difícil imaginar que haverá diferenças a criar, e a classificação geral será decidida no contrarrelógio de 19 quilómetros que termina no topo do Alto do Malhão.

Vingegaard está 16 segundos atrás de João Almeida, 20 atrás de Jan Christen e apenas 3 à frente de Primoz Roglic, que continua a ser um grande perigo. "Estamos a olhar para os próximos dias - tudo ainda é possível na luta pela vitória geral", concluiu van Dongen.

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