Dylan Groenewegen considera que a responsabilidade do caos na Clássica Brugge-De Panne foi dos ciclistas: "Ninguém deu espaço a ninguém. Foi uma loucura"

Os últimos quilómetros da Clássica Brugge-De Panne 2025 foram marcados por uma série de quedas que envolveram alguns dos principais favoritos à vitória. Entre os mais afetados estiveram Tim Merlier e Olav Kooij, que acabaram no asfalto, enquanto Dylan Groenewegen ficou bloqueado por uma das quedas e ficou sem qualquer hipótese de disputar o sprint final.

À chegada, o campeão neerlandês partilhou as suas impressões com o Eurosport, reconhecendo a tensão nos metros finais: "Não reparei muito bem nas quedas em si, mas nota-se que está tudo muito agitado com tantos sprinters no pelotão".

Leia também

OFICIAL: Tadej Pogacar estreia-se no Paris-Roubaix em 2025!

A elevada tensão e a luta constante pelo posicionamento originaram diversas quedas. Além de Merlier e Kooij, também Milan Fretin e Gerben Thijssen estiveram entre os envolvidos nos incidentes, numa fase final que acabou por transformar-se numa batalha de sobrevivência, bem longe do sprint limpo e disputado que se esperava entre os homens mais rápidos do pelotão, na prova que muitos apelidam de "campeonato do mundo de sprinters".

Questionado sobre o que poderá ter causado tamanho caos, Groenewegen apontou para a falta de espaço e a agressividade geral no grupo:

"Ninguém deu espaço a ninguém. O ambiente esteve nervoso durante todo o dia por causa do vento — não era muito forte, mas suficiente para criar tensão. E no final, toda a gente sabe onde tem de estar colocada. Isso aplica-se a todos os sprinters. De repente, as estradas ficam demasiado cheias".

Apesar dos incidentes, o sprinter da Team Jayco AlUla recusou culpar a organização: "Desta vez foi mesmo antes do estreitamento da estrada, mas no UAE Tour, numa estrada com cinco faixas, também caímos. Por isso, penso que parte da responsabilidade está também nos próprios ciclistas".

Groenewegen, que não chegou a cair, viu-se ainda assim condicionado pelas consequências das quedas, terminando no 9.º lugar, longe do vencedor do dia:

“O meu desviador foi atingido. Não sobrou nada dele, e a mudança saltava constantemente da esquerda para a direita. O Molano venceu porque, de repente, apareceu-lhe espaço livre à frente. Mas foi uma verdadeira loucura”, concluiu.

Leia também

Pogacar vs. Vingegaard: rivais em tudo, até no estilo de correr!

Morgado 188 kms em fuga, 3 quedas massivas nos ultimos 5 kms e Molano vence a Clássica Brugge-De Panne 2025