"É bom que ele não perceba" - Visma tenta confundir Tadej Pogacar com o jogo psicológico na Volta a França 2025

Ciclismo
sexta-feira, 11 julho 2025 a 12:14
GrischaNiermann
Na Volta a França 2025, Tadej Pogacar saiu por cima na chegada mais dura e no contrarrelógio. Mas nas etapas mais nervosas, com colinas e vento cruzado, a Team Visma | Lease a Bike tem tentado explorar outras armas. Na 6ª etapa, a formação neerlandesa voltou a mostrar agressividade, numa abordagem que deixou Pogacar perplexo e o campeão do mundo não escondeu que não compreendeu a estratégia do adversário.
"É bom que ele não perceba. Temos a nossa própria tática e fizemos exatamente o que queríamos. Ponto final", respondeu de forma taxativa Grischa Niermann, diretor da Visma, ao Sporza antes da partida da 7ª etapa. As críticas surgiram depois de a equipa ter forçado o ritmo com ataques iniciais e, mais tarde, com o sprint final de Matteo Jorgenson, já nos últimos metros em Vire Normandie.
A ofensiva começou cedo e obrigou a UAE Team Emirates - XRG a responder a vários movimentos. A formação liderada por Matxin não conseguiu impedir a presença de Simon Yates na fuga do dia, mas também não capitalizou com isso. Já nos quilómetros finais, a aceleração da Visma quase empurrou Pogacar de volta para a liderança da geral.
Surgiram interpretações que sugerem que a Visma quis forçar a manutenção da camisola amarela no corpo do esloveno, passando a responsabilidade de controlar a corrida para Pogacar e os seus colegas, obrigando-os a um maior desgaste. Niermann recusa essa leitura: "Queríamos tê-lo de amarelo? De certeza que não. Ouvi dizer isso, mas acho que os Emirates puxaram até aos 6 quilómetros finais e definiram a liderança. Depois também decidiram que Pogacar quase ficou com a camisola amarela".
As movimentações da Visma foram alvo de críticas em alguns setores, algo que o diretor alemão descarta: "Começou no dia 1. O que é que eu penso das críticas? Acho que é um elogio o facto de ele estar a interferir connosco. Nós olhamos para nós próprios, determinamos as nossas próprias táticas e não interferimos".
Tiesj Benoot, um dos principais elementos da equipa no trabalho de desgaste, também reagiu aos comentários de Pogacar: "Que ele está confuso? Eu também fico muitas vezes confuso quando vamos para as montanhas. Não, nunca falámos em manter o Tadej com a camisola amarela. O facto de ele quase ter ficado com a camisola amarela é porque não deram a Van der Poel uma vantagem suficiente".
Benoot esclareceu ainda que o objetivo da ofensiva foi apenas proteger Vingegaard no final exigente: "Pensava que o Mathieu ia ganhar a camisola amarela por um ou dois minutos. Só queríamos fazer as duas últimas subidas o mais rápido possível. Assim, foi mais fácil para o Jonas não perder tempo numa chegada tão explosiva. Não havia mais nada a fazer. A amarela nem sequer foi considerada".
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