Edward Theuns desaba em lágrimas após a vitória na Bredene Koksijde: "Quando o nosso próprio filho nos diz "Porque não ganhaste?", dói um pouco"

O final da edição de 2025 da Bredene Koksijde Classic foi incrivelmente emocionante, com a fuga e o pelotão envolvidos numa luta intensa até às últimas pedaladas. No desfecho, a fuga acabou por prevalecer, com Edward Theuns, da Lidl-Trek, a resistir à aproximação dos sprinters do pelotão e a conquistar a 10.ª vitória profissional da sua carreira.

Apesar de ser a décima vitória da sua trajetória, para Theuns este triunfo teve um significado especial, pois marcou a sua primeira oportunidade de cruzar a meta com os braços erguidos desde uma etapa da Volta à Hungria em 2021, há quase quatro anos. "Eu não ganhei desde que o meu filho nasceu e ele pergunta-me muitas vezes quando volto das corridas: 'Papai, ganhaste?' e isso dói", refletiu um Theuns emocionado após a prova. "Eu adoro fazer os lançamentos para o Milan, esse é o meu papel e ele é um dos melhores velocistas do mundo, por isso dá-me muita satisfação. Mas quando o nosso próprio filho nos diz: 'Porque não ganhaste?', dói um pouco".

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"Disse-lhe na semana passada que esse dia chegaria e hoje tive umas pernas inacreditáveis e consegui ganhar depois de muito tempo sem vencer. Sinto-me bem. Tenho de agradecer a todos os que me apoiaram, a toda a equipa e especialmente à minha namorada e ao meu filho", acrescentou. "Eles são o mundo para mim e apoiam-me sempre. Nem sempre é fácil viver com um ciclista, mas momentos como este fazem com que tudo valha a pena".

Como já foi referido, a permanência da fuga não esteve garantida até aos últimos metros, o que contribuiu para um final eletrizante. "Comecei a preocupar-me no circuito final, porque pedalámos como se tivéssemos uma vantagem de dois minutos", analisou Theuns. "Mas a diferença era pequena e pensei que Florian Vermeersch ou Alec Segaert ainda poderiam atacar. Depois, ainda tinha o Jakob Söderqvist, mas disse-lhe para dar tudo por tudo quando o pelotão se aproximasse. Tenho de lhe agradecer pelo seu trabalho nos últimos quilómetros".

No entanto, no sprint final, Theuns superou todos os seus rivais. "A chegada é um pouco traiçoeira com aquela última curva. Não queria esperar demasiado tempo e ficar fechado", concluiu. "As minhas pernas deram-me confiança, estou contente por ter conseguido finalizar da melhor forma".

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