Depois de um início de etapa positivo, um grupo numeroso e de qualidade conseguiu isolar-se do pelotão. Entre os atacantes estava
Mathieu van der Poel, sexto da geral, com um objetivo definido: recuperar a camisola amarela que havia perdido na véspera. O plano funcionou parcialmente, já que o ciclista holandês voltou à liderança da corrida, mas perdeu a etapa para um sensacional Ben Healy, passando a linha de meta com cerca de três minutos de desvantagem.
"Teria sido uma pena se não tivesse funcionado, mas não se pode controlar o que o pelotão faz", comentou Christopher Roodhooft, diretor desportivo da
Alpecin-Deceuninck, ao
WielerFlits após a etapa.
Apesar de a fuga ter gozado de uma vantagem aparentemente confortável numa fase inicial, a diferença foi-se esfumando nas últimas subidas do dia. "Não é que não estivéssemos conscientes disso", explicou Roodhooft, "O último quilómetro era muito duro. Este também foi um percurso muito exigente para ele. Faz uma enorme diferença se pesamos 60 ou 80 quilos".
Nas rampas finais, Van der Poel já revelava claros sinais de desgaste. "Ele também deu muito para criar e fazer singrar a fuga. Também pensámos que ela, a camisola amarela, estava garantida, mas o pelotão começou a andar mais rápido. Não podemos controlar nem influenciar isso".
A dúvida agora recai sobre a capacidade de van der Poel defender o seu magro segundo de vantagem nas etapas que se seguem, particularmente nas estradas sinuosas da Bretanha. "Tudo vai depender da sua recuperação, mais ainda do que os percursos dos próximos dias. Isso será certamente possível, mas primeiro vamos ver se ele consegue recuperar o suficiente para poder lutar por isso", concluiu Roodhooft.