Simon Yates vence a 10ª etapa, Ben Healy novo líder da Volta a França 2025

Ciclismo
segunda-feira, 14 julho 2025 a 16:56
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A 10.ª etapa da Volta a França 2025 trouxe o primeiro grande confronto montanhoso, uma jornada intensa antes do dia de descanso que viu Simon Yates erguer os braços, numa jornada em que a Team Visma | Lease a Bike mexeu na corrida e Ben Healy (EF Education-EasyPost) vestiu a Camisola Amarela.
Logo desde os primeiros quilómetros se percebeu que o pelotão estava disposto a deixar partir uma fuga numerosa e perigosa. Um grupo de 29 ciclistas destacou-se com nomes relevantes como Simon Yates, Ben Healy, Ilan Van Wilder, Valentin Paret-Peintre, Neilson Powless, Lenny Martinez, Thymen Arensman, Quinn Simmons, Julian Alaphilippe, Michael Storer, Ben O'Connor, entre outros. A presença de Healy, vencedor da etapa 6 e apenas a 3:55m de Tadej Pogacar na geral, deu dimensão estratégica à movimentação.
Com Nils Politt e Tim Wellens a controlarem o ritmo no pelotão liderado pela UAE Team Emirates - XRG, surgiram preocupações na equipa de Pogacar, já sem João Almeida, vítima de abandono na véspera. Pavel Sivakov, outro dos seus domestiques importantes, mostrava dificuldades, sinal de que o dia seria tudo menos tranquilo para o líder da geral.
A mais de 100 quilómetros da meta, Ben O'Connor animou a frente de corrida com um ataque em solitário, embora a sua aventura tenha durado pouco. Lenny Martinez destacava-se nas contagens de montanha, cruzando sucessivamente em primeiro nas subidas categorizadas do dia.
A seleção natural da fuga foi-se fazendo, com um grupo a isolar-se na frente com Healy, Woods, Arensman, Storer e Yates entre os mais fortes. A vantagem sobre o pelotão disparou e, com cerca de 65 quilómetros para o fim, Healy ultrapassava os quatro minutos de avanço sobre o pelotão, tornando-se virtual líder da Volta a França. Os seus colegas de equipa, Harry Sweeny e Alex Baudin, trabalharam intensamente para cimentar essa posição.
Mas à medida que o grupo de Healy se desgastava, outros corredores tentavam preparar o terreno para os seus líderes. Victor Campenaerts assumiu a dianteira antes da entrada nos últimos 30 quilómetros, num possível movimento táctico para Simon Yates.
Com o pelotão a mais de seis minutos, a liderança da geral no final do dia parecia ao alcance de Healy. No entanto, Quinn Simmons atacou com força e obrigou Healy a responder. Os dois ficaram expostos, mas o irlandês teve força para alcançar o americano, levando consigo Arensman, Yates, Storer e O'Connor. Atrás, a Visma começou a dar sinais de vida, com Matteo Jorgenson a lançar um ataque prontamente controlado por Pogacar. Mas foi Sepp Kuss quem conseguiu provocar maiores danos, obrigando o grupo dos favoritos a endurecer o ritmo.
A diferença para o grupo da frente começou então a diminuir. Ainda assim, a vantagem na penúltima subida do dia mantinha-se acima dos cinco minutos. Na frente, Healy endurecia o andamento, deixando Simmons para trás e a fuga restringia-se a cinco elementos.
A 3,5 km do final, Simon Yates lançou o que se revelaria como o ataque decisivo do dia. Aproveitou a última subida para se isolar e manteve a vantagem até à meta. Atrás, o caos instalava-se no grupo dos favoritos: Kevin Vauquelin, então terceiro da geral, cedia tempo e Healy perdia o contacto com os homens da frente. A Visma, com Jorgenson e Kuss sempre activos, liderava as movimentações que ameaçavam a liderança virtual do irlandês.
A etapa revelou uma UAE fragilizada pela ausência de João Almeida e a má forma de Sivakov e uma Visma apostada em dinamitar a corrida com os seus homens da geral. Healy mostrou força, mas também as limitações de uma fuga demasiado dispendiosa. O primeiro dia de montanha na Volta a França 2025 não desiludiu e o melhor ainda está por vir.
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