“Estará Pogacar à partida?” Bruyneel defende o regresso do campeão do mundo à Volta a Espanha

Ciclismo
domingo, 21 dezembro 2025 a 9:00
Tadej Pogacar
O percurso da Volta a Espanha 2025 foi anunciado esta semana e apresenta um traçado com um volume extraordinário de desníve acumulado, mas também bastante diferente do molde tradicional da Vuelta. Johan Bruyneel e Spencer Martin analisaram o percurso e a possibilidade de Tadej Pogacar regressar à Grande Volta espanhola.
“O mesmo que disseste, Spencer, quando vi o mapa… Na verdade, se pegares no mapa da Vuelta 2025 e o sobrepuseres ao mapa da Vuelta 2026, tens a Volta a Espanha”, argumentou Bruyneel no podcast The Move. “Começar no Mónaco, ok, está a tornar-se um hábito, sobretudo para Giro e Vuelta que procuram partidas no estrangeiro – é, claro, uma decisão financeira”.
A corrida arranca no Mónaco, tem duas chegadas em França e depois uma etapa integralmente em Andorra. Pelo segundo ano consecutivo, só ao quinto dia os corredores entram efetivamente em Espanha, onde o traçado acompanha durante largos dias o Mediterrâneo, terminando com uma segunda metade praticamente toda na Andaluzia.
“O que sabemos é que, certamente, Primoz Roglic estará à partida. Não creio que o Primoz se importe muito com o percurso, é um lutador, vai para vencer a sua quinta Vuelta.” João Almeida, Enric Mas e Matthew Riccitello também confirmaram presença na última Grande Volta da época.

Vuelta ou Campeonato do Mundo, o que pesa mais?

“A questão é: estará Pogacar na partida? Isso pode fazer ou desfazer a corrida. Se começar, é muito provável que a vença, salvo imprevisto. Nesta perspetiva, é bom para o Pogacar que seja uma corrida dura, estatisticamente tem mais hipóteses de ganhar.”
A partida no Mónaco pode ser decisiva, já que é a residência do Campeão do Mundo. Começar a Grande Volta à porta de casa é um atrativo forte, sobretudo por permitir uma preparação mais descontraída e uma aproximação mais serena à corrida. Se Pogacar vencer a Volta a França, poderá tirar um peso dos ombros e seguir um programa semelhante ao de Jonas Vingegaard este ano.
Inicialmente, competir nas clássicas canadianas e depois no percurso do Mundial em Montreal seria a preparação ideal, mas Pogacar é bicampeão do mundo e a Vuelta a España continua a faltar no seu palmarès. “Importa-se com isso? Já é bicampeão do mundo e ainda não venceu a Vuelta.”
O esloveno corre este ano a Volta à Romandia e a Volta à Suiça, sinal de que procura variedade e acrescentar corridas ao palmarès. O analista belga sustenta que a tarefa não é especialmente complicada para ele: “Não é demasiado duro para o Pogacar, mesmo um Pogacar a 85 ou 90% pode vencer a Vuelta.”
“Por isso, não excluo o Pogacar na partida da Vuelta, sobretudo olhando para o seu programa: tem apenas 16 dias de corrida antes do arranque da Volta a França. Poderia fazer a Vuelta e depois o Mundial”, concluiu.
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