Evenepoel ainda acredita no pódio: "O importante é ver como respondem as pernas nas montanhas"

Ciclismo
sábado, 14 junho 2025 a 15:01
remcoevenepoel
Depois de um arranque fulgurante no Critérium du Dauphiné, onde chegou a vestir a camisola de líder, Remco Evenepoel enfrenta agora o verdadeiro teste: as grandes montanhas alpinas, num fim de semana decisivo. O belga sofreu uma queda na 5.ª etapa e, embora continue no 4.º lugar da geral, sente que os efeitos do acidente podem ter condicionado o seu desempenho na jornada seguinte.
“No ciclismo, há que viver o dia a dia. Os dias bons e maus podem alternar, por isso hoje é um novo dia, uma etapa completamente diferente. Vamos tentar de novo”, afirmou esta manhã, antes do arranque da 7.ª etapa.
A análise aos dados de potência do final de etapa em Combloux não deixou Remco satisfeito. Apesar de uma boa sensação na penúltima subida, não conseguiu manter a mesma eficácia na subida final, e os números foram inferiores aos registados no contrarrelógio da primeira metade da prova.
“Não foi claramente a minha melhor subida final de sempre. Se olharmos para a potência ao longo de vinte minutos, a minha prestação no contrarrelógio foi superior à de ontem. Isso não foi bom. Mas a sensação na penúltima subida foi muito boa. Ainda me restava alguma coisa.”
Segundo Evenepoel, a diferença entre a subida curta e explosiva e a mais longa do final da etapa foi demasiado acentuada, e admite que o corpo pode não ter estado em perfeitas condições, ainda a recuperar da queda do dia anterior.
Remco não teve as melhores sensações na 6ª etapa do Dauphiné 
Remco não teve as melhores sensações na 6ª etapa do Dauphiné 
“É sempre uma possibilidade. Sei que retenho sempre algum líquido no dia seguinte a uma queda. Isso é normal, porque o corpo está em estado de choque. Mas eu não estava muito mais pesado do que no dia anterior. Talvez alguma coisa não estivesse a funcionar bem. Tinha um pequeno bloqueio nas costas e no pescoço, mas isso aplica-se a todas as pessoas que sofreram uma pequena queda. Talvez tudo isso tenha contribuído, mas no final são as pernas que falam. Espero que hoje seja diferente.”
Com Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard em grande forma, Evenepoel mantém-se realista quanto às suas ambições, mas não baixa os braços. O pódio continua ao alcance, e a equipa Soudal Quick-Step terá cartas para jogar, com Maximilian Schachmann e Valentin Paret-Peintre como possíveis aliados táticos.
“Continuo em quarto lugar na classificação e o pódio ainda está à vista. Não sabemos o que vai acontecer hoje. Também temos mais bons trepadores connosco, com o Max e o Valentin, por isso temos alguns planos de reserva para tentarmos algumas coisas.”
A prioridade, contudo, será perceber como reage o corpo de Evenepoel às subidas de grande extensão, onde o belga ainda procura provar que consegue ombrear com os melhores do mundo nas etapas de alta montanha.
“Mas eu próprio tenho de ver como estão as minhas pernas e aguentar o máximo de tempo possível. É claro que temos de ter um bom desempenho, mas depois desta semana ainda há tempo para analisar algumas coisas. Para mim, pessoalmente, mas também como equipa.”
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