Vingegaard sereno mas ambicioso: "Continuo a lutar pela geral no Dauphiné"

À entrada para o fim de semana decisivo do Critérium du Dauphiné, Jonas Vingegaard mantém a confiança e a calma, apesar de estar a mais de um minuto de Tadej Pogacar, depois do ataque demolidor do esloveno em Combloux. O dinamarquês, que continua a afinar a forma para a Volta a França, acredita que o terreno montanhoso dos Alpes pode ainda trazer reviravoltas.

“Penso que tive um bom desempenho até agora. O Tadej foi mais forte ontem. Tenho de aceitar isso. Acho que foi muito renhido. Mas eu não tinha um medidor de potência”, explicou Vingegaard esta manhã, antes do arranque da 7.ª etapa.

Sem recorrer a desculpas, o líder da Team Visma | Lease a Bike sublinha que, mesmo sem dados em tempo real, deu tudo o que tinha, e que a comparação entre a subida de Domancy e outras mais longas, como o Plateau de Beille, é complexa.

“Isso não é desculpa, porque temos de ir a todo o gás até ao fim. Isso não me fez abrandar. Mas penso que a minha força e a do Tadej foram muito boas. Claro que a subida é muito mais curta do que a do Plateau de Beille, cerca de metade do tempo. Nesse aspeto, é difícil comparar.”

Apesar da desvantagem na geral, o bicampeão da Volta a França não acusa a pressão. O Dauphiné continua a ser visto como um bloco de trabalho estratégico, mais do que um fim em si mesmo. Vingegaard reforça que a prioridade é a construção da forma ideal para julho.

“Estou calmo neste momento. Sei que esta corrida também me vai tornar melhor. Esse é também o plano que sempre tivemos: usar esta corrida como treino para o Tour. Para já, estamos calmos. Fazemos o nosso trabalho e depois vemos no Tour.”

Na classificação geral, a Team Visma | Lease a Bike mantém-se entre as formações mais sólidas, com Matteo Jorgenson e Ben Tulett a demonstrarem excelente nível, enquanto Sepp Kuss começa finalmente a evidenciar sinais positivos após um arranque de temporada apagado.

“Podemos estar satisfeitos com a forma como rodámos ontem como equipa. Toda a gente esteve muito forte. Mostrámos que tínhamos quatro pilotos entre os melhores. Esperamos voltar a ser tão fortes hoje.”

Com subidas de grande extensão no menu deste sábado e domingo, Vingegaard ainda não baixa os braços. Mesmo reconhecendo a dificuldade de bater Pogacar no estado atual, garante que vai continuar a procurar a vitória na geral.

“Veremos como é esse plano durante a corrida. Continuo a tentar a vitória geral no Dauphiné. Penso que a minha forma é boa, vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance”, rematou.