Ex-vencedor do Tour deixa crítica ao compatriota Vingegaard após este fugir à imprensa na etapa 12 do Tour: "Não foi uma boa atitude"

Ciclismo
sexta-feira, 18 julho 2025 a 9:48
Vingegaard
Durante várias temporadas, a rivalidade entre Tadej Pogacar e Jonas Vingegaard ofereceu duelos equilibrados e imprevisíveis nas Grandes Voltas. Mas, na 12.ª etapa da Volta a França 2025, esse equilíbrio ruiu. O dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike foi claramente batido pelo Campeão do Mundo, perdendo mais de dois minutos numa jornada marcante nos Pirenéus, com chegada em Hautacam.
Visivelmente abatido após a chegada, Vingegaard optou por não prestar declarações e seguiu diretamente para o autocarro da equipa, evitando os jornalistas presentes na zona de meta. Uma atitude que, embora compreensível para alguns, não foi bem recebida por Bjarne Riis, ex-ciclista profissional e vencedor da Volta a França em 1996.
"Acho que não foi uma boa atitude da parte do Jonas não falar com a imprensa", apontou Riis durante a sua análise para a BT.dk. Ainda assim, demonstrou alguma empatia com a situação: "Percebo que ele queira um momento de tranquilidade. Provavelmente precisa de paz e sossego, e falará na sexta-feira embora seja num dia de contrarrelógio, o que limita as possibilidades."
Jonas Vingegaard perdeu mais de 2 minutos para Tadej Pogacar em Hautacam
Jonas Vingegaard perdeu mais de 2 minutos para Tadej Pogacar em Hautacam
Riis, com vasta experiência na gestão de altos e baixos no ciclismo profissional, considera que o silêncio absoluto pode ser contraproducente, mesmo nos piores dias. "Entendo o sentimento, mas às vezes basta dizer uma frase curta. Algo como: ‘Hoje não foi o meu dia, estou desapontado, preciso de tempo para refletir, mas volto em breve.’ Isso bastava. É difícil quando se está no olho do furacão, mas isso também faz parte do jogo."
A etapa de Hautacam marcou uma viragem clara na narrativa do Tour deste ano, com Pogacar a assumir o controlo absoluto da corrida e Vingegaard a ceder terreno importante. O gesto de silêncio do dinamarquês contrastou com os momentos anteriores da sua carreira, onde, mesmo em dificuldade, costumava mostrar-se mais disponível para reagir à adversidade.
Riis concluiu a sua análise com uma nota de realismo: "É duro, sim. Mas no ciclismo, temos de aceitar tudo, os dias bons e os maus. E isto também é parte da responsabilidade de ser um líder numa Grande Volta."
O próximo teste de Jonas Vingegaard será o contrarrelógio individual da 13.ª etapa. Será a oportunidade ideal para dar uma resposta em estrada, e talvez também fora dela.
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