Fabio Christen conquistou uma vitória dramática na 2.ª etapa da
Volta à Eslovénia 2025, garantindo o décimo triunfo da
Q36.5 Pro Cycling Team nesta temporada, depois de
Rui Oliveira (UAE Team Emirates - XRG)
ter sido relegado devido a uma infração controversa nos metros finais. Oliveira cortou a meta em primeiro lugar, mas na sequência de um protesto apresentado por Christen e após análise do júri com recurso a vídeo, foi penalizado por um ligeiro desvio da sua linha durante o sprint. O júri entendeu que o movimento prejudicou o suíço, promovendo-o assim à vitória da etapa e à liderança da geral individual, que já tinha mesmo terminando na segunda posição.
"Entrei na fuga para conquistar pontos de montanha e nem sequer estava a pensar na liderança da corrida", confessou Christen em comunicado oficial da equipa. "O objetivo era vencer uma etapa e preparar-me para a Volta à Suíça. A vitória acabou por surgir e agora veremos o que é possível fazer, mas a 4.ª etapa é muito dura, por isso também não me vou esgotar".
Fabio Christen é irmão de Jan Christen, ciclista da UAE, que venceu uma etapa na Volta ao Algarve 2025
A Q36.5 teve presença em força na fase decisiva da etapa, algo que o jovem suíço destacou. "Estávamos cinco na frente e poucas equipas tinham essa vantagem, o que foi excelente. O plano inicial era lançar o Nicolò para o sprint, mas o Sjoerd atacou mesmo antes da subida e eu reagi. Lancei o sprint mais cedo, com o vento favorável. No final, o Oliveira tocou-me e isso impediu-me de sprintar até à meta".
Apesar da polémica, Christen mostrou-se focado no que ainda aí vem: "O final de amanhã também pode favorecer-me, mas tudo depende de como se desenrolar a corrida. Cada dia tem sido uma surpresa".
O diretor desportivo da Q36.5, Alex Sans Vega, elogiou a forma como a equipa se adaptou às mudanças de cenário durante uma etapa imprevisível. "Conhecíamos bem o percurso, era semelhante ao de edições anteriores. Sabíamos que ou seria uma etapa controlada para sprinters ou um dia de loucos. E acabou por ser a segunda opção", comentou com ironia.
"Quando o Dylan Groenewegen, líder da corrida, descolou do pelotão na subida, tudo mudou. Decidimos apostar no Fabio, que conseguiu pontos de montanha e segundos de bonificação. Foi um esforço coletivo notável, com Calzoni, Bax, Parisini e Camprubí a apoiarem-no nos últimos 30 quilómetros. No final, foram o Bax e o Fabio a decidir a corrida".