A seleção francesa sofreu um duro revés na véspera da corrida de estrada dos Campeonatos da Europa, marcada para sábado em Drôme-Ardèche. A Federação Francesa de Ciclismo confirmou a ausência de Pauline Ferrand-Prévot, que está a contas com uma infeção gastrointestinal e que a tem afetado desde o
Campeonato do Mundo em Kigali, no Ruanda.
Ferrand-Prévot partiu para os Mundiais como uma das principais favoritas à Camisola Arco-Íris, mas ficou muito aquém das expectativas. Depois de uma corrida conservadora, marcada pelo jogo táctico entre as maiores candidatas, terminou apenas em 16.º lugar, a 1:50m da vencedora Magdeleine Vallieres.
A situação agravou-se nos dias seguintes e a federação confirmou que tanto Ferrand-Prévot como Maeva Squiban apresentaram sinais de infeção, ficando ambas fora dos Europeus. “A Pauline Ferrand-Prévot e a Maeva Squiban apresentaram sinais de infeção. Infelizmente, não poderão participar nos Campeonatos da Europa este fim de semana”, anunciou o organismo num breve comunicado.
Baixas de peso para a seleção francesa
As duas desistências fragilizam bastante a seleção gaulesa. Ferrand-Prévot não só era a líder natural e uma das poucas com capacidade para discutir a vitória frente a nomes como
Marlen Reusser, Demi Vollering ou Anna van der Breggen, como também transportava a moral de uma época histórica. Já Squiban, peça-chave no trabalho de apoio, vinha em alta após ter brilhado na Volta a França Feminina, onde venceu duas etapas.
Mesmo que este contratempo signifique o fim da época de estrada, Pauline Ferrand-Prévot encerra 2025 com conquistas que marcaram o seu regresso ao pelotão. A francesa venceu a Paris-Roubaix e a Volta a França Feminina, consolidando-se como uma das figuras incontornáveis do ciclismo mundial.
A sua ausência nos Europeus deixa a corrida mais aberta e aumenta as responsabilidades das restantes líderes francesas, mas confirma também que, apesar do brilho da temporada, Ferrand-Prévot fecha o ano com um sabor agridoce.