"Foi o meu primeiro Angliru e foi mais difícil do que esperava" - Red Bull ataca o Angliru em duas frentes!

O Alto de l’Angliru voltou a cumprir a tradição de separar candidatos, mas não de definir certezas. A 13ª etapa da Volta a Espanha 2025 terminou com triunfo de João Almeida, que superou Jonas Vingegaard nos metros finais, mas a diferença mínima manteve o dinamarquês como líder da geral. A grande novidade foi o salto de Jai Hindley, agora quarto na geral, depois de acompanhar de perto a dupla da frente.

O ataque decisivo deu-se nos últimos cinco quilómetros, nas rampas acima dos 20% do Angliru, onde a UAE Team Emirates - XRG acelerou o ritmo antes de Almeida se lançar em duelo direto com Vingegaard. O português mostrou nervos de aço, recuperou terreno e bateu o dinamarquês na reta final, confirmando que ambos estão em níveis muito semelhantes.

Apesar da vitória, Almeida continua atrás na geral. Vingegaard, com a sua regularidade e frieza, defende a camisola vermelha, mas sem margem para relaxar.

Se Almeida celebrou e Vingegaard consolidou, a grande subida do dia veio de Jai Hindley. O australiano chegou em terceiro, apenas alguns segundos atrás, e subiu até ao 4º lugar da geral, colocando-se agora como ameaça séria ao pódio.

Também Giulio Pellizzari confirmou o estatuto de revelação. O jovem italiano, de apenas 21 anos, terminou em sexto lugar na etapa, defendendo com sucesso a camisola branca diante de Matthew Riccitello. O americano da Israel - Premier Tech chegou a distanciar-se na primeira parte da subida, mas Pellizzari manteve um ritmo controlado, recuperou a diferença e fechou o dia com 32 segundos de vantagem na luta pela juventude.

“Foi o meu primeiro Angliru e foi mais duro do que esperava. Dei tudo numa grande batalha com o Riccitello”, disse o italiano, visivelmente satisfeito.

Outro nome em destaque foi Felix Gall. O líder da Decathlon AG2R La Mondiale cedeu cedo, mas soube gerir o esforço e recuperar posições, terminando em quinto a 52 segundos de Almeida. O austríaco manteve o 5º posto na geral, reforçando a consistência que tem mostrado nesta Vuelta.

“Acho que foi a subida mais difícil da minha carreira. As percentagens eram loucas e os últimos cinco quilómetros pareceram intermináveis. Optei por um ritmo de contrarrelógio e deu resultado”, explicou Gall.

Com o Angliru ultrapassado, a luta pela geral mantém-se eletrizante. Vingegaard e Almeida parecem de forças equiparadas, Hindley está cada vez mais próximo do pódio e jovens como Pellizzari e Riccitello continuam a animar a corrida.

A Vuelta entra agora numa fase em que cada subida pode ser decisiva, e em que ninguém parece disposto a abdicar das suas ambições.