Tadej Pogacar não encontrou quaisquer problemas durante 10ª etapa da Volta a França desta terça-feira. O esloveno até se deu ao luxo de poupar as forças dos seus colegas de equipa da UAE Team Emirates num dia em que a ameaça de ventos cruzados pairava no ar e, por isso, acabou por ser um dia bastante tranquilo para a maioria do grupo.
"Nunca é fácil subir para a bicicleta e correr depois do dia de descanso", lembra Pogacar num comunicado de imprensa. "Felizmente, foi uma etapa fácil, especialmente na primeira parte. Não andámos o tempo todo na frente porque achámos que era um pouco desnecessário. É bom estar na frente quando as coisas estão complicadas, mas de outra forma podemos entrar em situações de stress que podem resultar em acidentes sem razão aparente."
"Todos sabíamos que havia um ponto em que podia haver ventos cruzados e, por isso, todas as equipas tentaram chegar à frente ao mesmo tempo. Depois, o vento não era suficientemente forte e, por isso, não houve cortes. É melhor assim. Os cortes são divertidos de ver na televisão, mas são a pior coisa que nos pode acontecer se formos no meio".
No entanto, a etapa de amanhã será diferente, com os últimos 50 quilómetros num sobe e desce no Maciço Central. Especialmente o Puy Mary Pas de Peyrol (5,3 km a 7,8%) com o quilómetro final a quase 15%, que trás recordações a Pogacar. O fenómeno perdeu ao sprint para o seu compatriota Primoz Roglic nas encostas desta subida em 2020, antes de ganhar a corrida uma semana depois.
"Hoje não havia nada a fazer em termos de CG, mas a etapa de amanhã vem com um ponto de interrogação. É longa e dura. Não fiz qualquer reconhecimento do percurso, mas lembro-me do Pas de Peyrol de uma etapa de 2020 em que lutei com o Primoz até à meta e foi um dos finais mais difíceis que já fiz".