No ano passado, Mathieu van der Poel ganhou dois monumentos e ficou em segundo lugar na Volta à Flandres. O líder da Alpecin-Deceuninck não pode prescindir de ajudantes fortes, como o belga Gianni Vermeersch, que foi entrevistado pela revista RIDE.
Vermeersch corre ao lado de Mathieu desde há dez anos e, por isso, sabe muito bem o que esperar do seu líder. Paz e tranquilidade são as palavras-chave. "Sobretudo porque o próprio Mathieu nunca entra em pânico ou, pelo menos, não dá essa impressão. Na verdade, nunca descobri nada que o pudesse deixar nervoso durante a corrida".
Van der Poel considera que fazer parte de um grupo de antecipação é a maior mais-valia para os seus colegas de equipa. "Mas é o próprio Mathieu que, muitas vezes, abre uma corrida de forma inesperada", ri-se Vermeersch. "E depois temos de ser honestos: na melhor das hipóteses, há apenas cinco ciclistas que o podem seguir se o Mathieu soltar a fera que há em si."
"Não se preocupem com a motivação dele", assegura Vermeersch. "O Mathieu adora correr. Ele pode decidir por si próprio como termina as corridas, para as manter agradáveis para si próprio. Ele faz sempre algo de especial. Lembro-me de um Primus Classic. Aí ele abriu a corrida numa altura em que eu pensei: "O que é que ele está a fazer outra vez?! Ele só o fazia porque gostava".