Gustavo César Veloso, antigo ciclista e atual diretor desportivo da Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, falou em exclusivo ao CiclismoAtual, à partida para a Figueira Champions Classic.
A equipa Tavfer começou a temporada com um pódio na Prova de Abertura, por Leangel Linarez, um bom começo, mas na Figueira, os objetivos são bem distintos. "São provas totalmente diferentes. A prova de abertura era adequada aos nossos corredores, trabalhámos para chegar em posição de discutir a corrida e foi isso que fizemos. Aqui na Figueira, estamos a falar de outro patamar, a corrida tem um grande nível, com 10 equipas do worldtour e bastantes equipas pro-team, todas já com 1 mês de competição realizado, nós vamos ter apenas o segundo. O nosso objetivo passa por deixar a melhor imagem possível como equipa. Queremos tentar integrar a fuga e ver até onde podemos chegar, queremos notar a nossa presença, temos uma equipa de contrastes, com 4 ciclistas sub-23 e 3 elites, acho que para os miúdos novos, este tipo de corridas são uma motivação extra, temos 2 sub-23 de primeiro ano, que eram juniores no ano passado e viam estes ciclistas de topo na televisão e agora podem correr ao lado deles, é um momento que certamente vão recordar para a vida. Trazemos estes jovens a pensar na sua formação e como podem aprender nestas corridas".
Quanto aos favoritos, Veloso destacou os portugueses das equipas worldtour, bastante motivados por correrem em casa: "Esta é uma corrida dura. Para a ganhar, é preciso ter muita força e mesmo com um dia de chuva, João Almeida, corra onde correr, é favorito! O António Morgado também é para mim um dos principais favoritos, em geral penso que os portugueses vão estar muito bem, porque correm em casa. O Ruben também está em boa forma, terá o apoio do Nelson, que é um grande trabalhador e conhece bem o terreno. As equipas worldtour vão marcar o ritmo, mas depois temos as pro-team que não têm as responsabilidades das worldtour, mas sabem que têm ciclistas para ganhar, como Alaphilippe ou Berrade.
Por fim, reagiu à morte do antigo presidente do FC Porto e um dos impulsionadores do regresso do ciclismo ao clube portista, do qual também fez parte: "As minhas condolências. Infelizmente, a vida é assim, acho que o mais importante é desfrutar do tempo que cá estamos e Pinto da Costa desfrutou até ao último dia, até à última hora que esteve entre nós, com toda a sua paixão pelo futebol e pelo desporto. Muita força à família e aos portistas".