Ilan van Wilder protagonizou a melhor exibição da sua carreira no contrarrelógio do Campeonato do Mundo de 2025, em Kigali, garantindo a medalha de bronze com apenas um segundo de vantagem sobre Tadej Pogacar. O belga, há muito reconhecido como um bom especialista em contrarrelógio mas nunca apontado ao pódio mundial, superou todas as expectativas ao terminar apenas atrás do compatriota Remco Evenepoel, campeão, e do australiano Jay Vine, segundo classificado.
“Penso que para o mundo exterior é uma surpresa. Para mim também”, confessou Van Wilder. “Sou um bom ciclista de contrarrelógio, mas nunca me teria colocado no pódio de um Campeonato do Mundo. Para ser honesto, acho que hoje foi talvez a melhor oportunidade da minha carreira para fazer algo assim, com estas condições, o percurso, a altitude. Tudo estava a meu favor. Fiz um CRI perfeito, sem começar muito depressa, com um ritmo muito bom e no final, dei tudo por tudo. Este terceiro lugar é incrível.”
Altitude sem treino específico
Enquanto vários adversários sentiram dificuldades no ar rarefeito de Kigali, Van Wilder lidou bem com a altitude:
“Não diria que gosto da altitude. Eu também sofri, mas talvez sofra um pouco menos do que os outros. Não fiz qualquer treino em altitude. Vim diretamente de casa sem qualquer preparação especial, porque sei que consigo lidar bem com a altitude. No final, foi a decisão correta.”
Para Van Wilder, partilhar o pódio com dois nomes de referência do contrarrelógio tornou o feito ainda mais marcante:
“Não é algo que alguma vez tenha imaginado acontecer, mas aconteceu e desfrutei de cada segundo. Estar na cadeira da frente já era uma estreia para mim, mas depois partilhar o pódio com o Vine e o Remco foi um momento muito especial.”