Jan Bakelants não acredita que o Tour esteja decidido: "Acredito que ainda é possível haver uma reviravolta"

A 19ª etapa é talvez a mais difícil da Volta a França e uma grande oportunidade para Jonas Vingegaard tentar dar a volta à corrida. É uma tarefa muito difícil, mas não impossível. Alguns analistas defendem que o dinamarquês pode colocar Tadej Pogacar sob pressão hoje, uma vez que as subidas são mais adequadas às suas capacidades.

Uma etapa feita à medida para Vingegaard, um terreno em que o ciclista mais leve dos "Três Grandes" tem vantagem. Especialmente em conjunto com as condições quentes da corrida. "A Visma pode utilizar a sua superioridade científica e transformá-la numa vantagem sobre a concorrência. Acredito que ainda é possível haver uma reviravolta", defende Jan Bakelants para o Het Laatste Nieuws. A etapa tem três longas subidas, está a uma altitude elevada e, na terceira semana de uma Grande Volta, a fadiga torna-se sempre um fator importante.

Mas, ao mesmo tempo, o antigo profissional belga sabe que Vingegaard também pode sofrer nesses dias, tendo em conta a sua preparação não ideal para a corrida - como foi o caso de Pogacar no ano passado. "Se houver uma reviravolta, será sobretudo devido ao facto de já não estarmos a lidar com o melhor Vingegaard. Que a base estreita com que começou em Florença lhe será fatal ou que talvez esteja a ficar um pouco doente. Mas, até nova indicação, não estou a assumir isso".

Os dois entram neste dia com 3:11 de diferença e é pouco provável que esse tempo possa ser recuperado nos dois últimos dias da corrida: "Também estamos a ir para uma altitude extrema, 2800 metros. Depois dos 2500 metros, o défice também aumenta exponencialmente. Por vezes, fui ultrapassado por ciclistas locais na Colômbia (em altitude). O Pogacar também já mostrou que, por vezes, é menos bom nisso. Por causa desse défice, vamos sentir os nervos à flor da pele."