Nem Tadej Pogacar nem Urska Zigart vão representar a Eslovénia nos próximos Jogos Olímpicos de Paris. Mas poderá a controversa ausência de Zigart da equipa feminina estar relacionada com a desistência de última hora de Pogacar? Na opinião de Jens Voigt, sim.
"A namorada dele, Urska, ganhou o contrarrelógio nacional com uma diferença de quatro minutos para a segunda classificada e ganhou a corrida de estrada com uma vantagem de 10 minutos e não foi selecionada", explica Voigt, que tem uma vasta experiência na matéria. "E para tornar a situação ainda mais engraçada, o selecionador nacional é o chefe de equipa das duas jovens seleccionadas para os Jogos Olímpicos."
Pogacar termina o contrarrelógio final da Volta a França... e decide não ir aos Jogos Olimpicos de Paris.
No que diz respeito à ausência olímpica de Pogacar, Voigt não tem dúvidas de que o esloveno, que já este ano venceu a Volta a Itália e mais recentemente a Volta a França, fará muita falta. Além disso, a Eslovénia, apesar de ter apenas dois milhões de habitantes, tem cinco/seis ciclistas no top 100, pelo que também tem o direito de ter quatro titulares disponíveis, que é o máximo, pelo que Tadej teria uma equipa à sua volta. Ele seria o favorito, mas decidiu concentrar-se no Campeonato do Mundo e noutras corridas no final da época."
No entanto Voigt não acredita que os profissionais devam competir nos Jogos Olímpicos, como era habitual: "Acho que os profissionais não deviam ir aos Jogos Olímpicos, acho que deviamos voltar a ter corridas com homens do escalão sub-23 ou estritamente amadoras", conclui. "No ciclismo profissional temos a Volta a França, temos todas as clássicas, temos os Campeonatos do Mundo. Temos tantas corridas importantes e tradicionais que os Jogos Olímpicos não são tão importantes como seriam para o wrestling, por exemplo.