João Almeida fala sobre a sua época, presença na Volta a França, Volta a Espanha e Jogos Olímpicos: "É mesmo especial teres uma Grande Volta a começar no teu país"

Ciclismo
domingo, 03 março 2024 a 17:45
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João Almeida começa a sua temporada de 2024, este domingo. na primeira etapa do Paris-Nice. O ciclista da UAE Team Emirates estava escalonado para a Figueira Champions Classic e para a Volta ao Algarve mas adoeceu e ficou afastado das provas portuguesas.
Numa entrevista, dada esta sexta-feira, ao canal de YouTube "thecyclingdane EXTRA", Almeida admitiu que a preparação até agora não foi ideal devido à doença antes da Figueira Champions Classic e que teria sido agradável testar-se numa corrida como a Volta ao Algarve, que não é demasiado difícil.  João Almeida falou também da paixão do público português, considerando que dão um apoio fantástico aos ciclistas lusos, ainda que por vezes sejam bastante duros.
Falou também da Volta a Itália de 2023, onde fechou no pódio, conquistou uma etapa e a camsiola da juventude.
"O Giro do ano passado foi bastante especial, foi ligeiramente diferente. O tempo é sempre bastante mau, mas foi horrível. Pela primeira vez, acho que fiquei mesmo doente e tinha de tomar antibióticos como quase todo o pelotão, diria."
Almeida acrescenta que não houve muito espetáculo uma vez que os ciclistas estavam com as forças limitadas e que ficou satisfeito com o pódio, ainda que queira continuar a subir de nível.
"Quer dizer não sei, mas, sinto que consigo ser ainda mais forte do que fui na época passada. Se isso significa mais vitórias, não sei, mas penso que vamos descobrir. Sim, o novo ciclismo é bastante difícil. Sempre foi duro, mas toda a gente é muito forte por isso é difícil fazer diferenças."
Em relação à Volta a França, Almeida afirmou que a equipa quer ganhar e por isso é que leva um alinhamento tão forte para a prova francesa. Almeida admite que está feliz por "finalmente" correr o Tour e que gosta do final em Nice.
"Claro que vamos com tudo. Quer dizer, eu, o Ayuso, o Tadej, o Adam, é bastante de loucos. Temos de derrotar o tipo mais forte até agora que consegue derrotar o Tadej. Claro que se formos a ver, não foi propriamente de igual para igual. O Tadej teve a queda, partiu a mão, portanto a sua preparação não foi fantástica, de todo. Acho que, em condições normais, o Tadej deve ser o mais forte, mas os outros tipos também evoluem e melhoram."
Em relação à presença nos Jogos Olímpicos, Almeida admitiu que não vê a corrida em Paris como um objetivo, ainda que fosse agradável fazê-la
"Não acho que o percurso seja ideal para mim e também tenho tantas corridas...quero fazer Tour-Vuelta e não acho que os Jogos Olímpicos sejam na melhor data possível para mim. Não posso fazer tudo, por isso, se for, iria muito feliz, mas não sinto que me conseguisse preparar a 100%, por isso, dêem a oportunidade a outro tipo que talvez consiga fazer melhor do que eu."
Quanto à Volta a Espanha, o jovem de 25 anos não nega que o início em Portugal é um dos motivos para alinhar na Grande Volta espanhola.
"Sim, esse é um dos motivos para a fazer. Caso contrário, provavelmente descansaria depois do Tour e planeava outras corridas, mas porque começa em Portugal e a equipa também quer que a faça. É mesmo especial teres uma Grande Volta a começar no teu país, portanto é bastante único. Acho que vou assumir o risco. Mesmo que não seja a melhor preparação, vai ser uma corrida agradável"
Em relação à extensão da temporada, Almeida destacou a importância do calendário e expressou vontade de fazer corridas diferentes das que tem feito nos últimos anos. Neste momento, tem a Volta à Catalunha, a Amstel Gold Race, a Fléche-Wallone, a Liége-Bastogne-Liége, a Volta a Suíça e as duas Grandes Voltas do verão.

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