Está aí o tão aguardado regresso de
Jonas Vingegaard à competição, depois de 3 meses sem competição - abandonou o Paris-Nice em março e desde aí não mais competiu - e para este regresso do seu grande campeão, a Visma engalanou-se e traz aqui um bloco muito forte, que deverá ser próximo daquele que estará na
Volta a França, onde terão que acrescentar
Simon Yates e
Wout Van Aert.
Alinhamento da Team Visma | Lease a Bike para o Critérium du Dauphiné
Jonas Vingegaard
Atilla Valter
Victor Campenaerts
Per Strand Hagenes
Jonas Vingegaard estreou-se na Volta ao Algarve com uma vitória de etapa e da classificação geral
É o primeiro grande embate do ano entre Pogacar e Vingegaard e a grande incógnita é o estado de forma do dinamarquês. Em 2025, ganhou a Volta ao Algarve, com um grande desempenho no contrarrelógio e no Paris-Nice abandonou quando seguia em 2º na geral, para quem viu as corridas, as indicações não foram super, mas os resultados falam por si. Espero que Vingegaard esteja a 100% e nos possa proporcionar um aperitivo do duelo com Pogacar no Tour.
Jorgenson pode e deve ser visto como um plano B, foi 2º no ano passado, perdendo por escassos segundos para Primoz Roglic, e este ano repetiu a vitória no Paris-Nice, desta vez com uma autoridade notável, por isso eu não descartaria o americano da luta pelo pódio e esta dupla em conjunto pode ser uma dor de cabeça para Pogacar.
Kuss regressa ao papel que mais gosta, o de gregário de luxo, mas nem assim as coisas têm corrido melhor este ano, 38º na Volta ao Algarve, 23º na Volta à Catalunha e abandono na Volta ao País Basco, registos bastante modestos, a Visma pretende que comece a voltar ao melhor nível no final desta corrida, para poder fazer uma Volta a França ao lado de Vingegaard.
Valter e Tullett são os outros dois gregários para a montanha. Curiosamente, nenhum deles esteve ao lado do dinamarquês no Tour, mas esse cenário pode mudar este ano. Em termos individuais, Valter tem feito uma temporada muito apagada, já Tullett ganhou a Coppi e Bartali, fechou top 20 nas Ardenas e está a fazer a melhor temporada da carreira.
Campenaerts e Strand Hagenes vão assegurar o trabalho na média montanha e terrenos planos, um vale pela sua experiência e leitura de corrida, o outro vale pela sua capacidade física e pujança, ideais para proteger o líder em eventuais dias de vento.
Para mim, o bloco mais forte em competição.
Original: Miguel Marques