A inalação de monóxido de carbono é um tema que viu a luz do dia em junho passado, quando uma investigação mostrou que algumas equipas de topo, incluindo a UAE Team Emirates e a Team Visma | Lease a Bike, tinham experimentado o que pode ser um método para melhorar o desempenho dos seus atletas. Apesar de não ser proibido, é altamente controverso e a sua utilização está envolta em mistério.
Jonas Vingegaard falou sobre o assunto.
O dinamarquês já tinha respondido a perguntas sobre o a utilização do aparelho durante a
Volta a França e explicou o que já tinha sido dito anteriormente, ou seja, que a equipa o utiliza para testes durante os campos de altitude.
"Eu nem sequer sabia que o monóxido de carbono podia ter esse tipo de efeitos", disse Vingegaard numa entrevista à
NOS. "Eu disse-o antes que só os usámos para fazer testes, para ver se o treino em altitude deu resultados. Se for bem utilizado, pode ser um substituto para o treino em altitude. Se o utilizarmos dessa forma, pode haver riscos para a saúde. Mas nós usamo-lo de forma diferente".
No que diz respeito à melhoria nos desempenhos, acredita-se que doses precisas de inalação de monóxido de carbono podem ser benéficas para a capacidade do corpo de processar o oxigénio, mas ainda não está confirmado se as equipas o utilizaram desta forma e quais os potenciais benefícios e riscos inerentes a essa prática. A UCI exigiu esta semana à WADA (a principal agência antidopagem do desporto) que tomasse uma posição sobre este método, tendo em conta as provas científicas actuais.
"Dito isto, ouvi dizer que se o fizermos uma vez, é como fumar um cigarro. E há muitas pessoas que fumam vários cigarros por dia", concluiu o ciclista dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike Vi.