Kévin Vauquelin agita o mercado depois da brilhante prestação na Volta à Suiça: Emirates, Visma e INEOS poderão ser o próximo destino do francês!

Ciclismo
quarta-feira, 25 junho 2025 a 00:22
vauquelin
Kevin Vauquelin tem sido um raro foco de luz numa época cinzenta da Arkéa - B&B Hotels no pelotão WorldTour. O francês de 24 anos não só tem superado regularmente os seus companheiros de equipa no ranking UCI, como também se tem afirmado como um dos nomes mais promissores da nova geração do ciclismo gaulês. Com o contrato atual a terminar no final da temporada, Vauquelin está numa posição privilegiada: poderá escolher o seu destino entre algumas das estruturas mais fortes do pelotão internacional.
As palavras que deixou no programa Bistrot Vélo ilustram bem o ambiente conturbado dentro da formação francesa. “Se eu vos contasse o que se passou nos bastidores esta semana... não vamos mentir: com equipas como a UAE Team Emirates - XRG, é um mundo completamente diferente. Só para terem uma ideia, esta semana nem sequer tivemos um diretor presente”, revelou Vauquelin, num desabafo que expôs as fragilidades organizativas e estruturais que tem enfrentado.
Durante a Volta à Suíça, o francês mediu forças com João Almeida, um dos líderes da UAE e vencedor da classificação geral. Apesar de não ter conseguido igualar o português, ficou especialmente impressionado com o aparato e o nível de apoio que o ciclista luso recebeu da sua equipa. “A Emirates tem uma estrutura imensa na corrida. No nosso caso, tudo passa por decisões difíceis, porque temos um orçamento muito mais limitado”, lamentou. “Não conseguimos ter camiões de comida em todas as provas, nem camiões frigoríficos, nem os melhores autocarros. Falta-nos muita coisa.”
João Almeida dominou na Volta à Suiça, mas Kévin Vauquelin deu luta até ao fim
João Almeida dominou na Volta à Suiça, mas Kévin Vauquelin deu luta até ao fim
Vauquelin reconhece que as pernas continuam a ser o principal motor de um ciclista, mas não ignora o impacto acumulado dos chamados ganhos marginais. “Pode parecer um detalhe, mas no fim, tudo conta. Este foi quase um apelo que fiz, para valorizar todas as pessoas que continuam a trabalhar com esforço, mesmo sem as condições ideais.”
O francês deu como exemplo concreto o acesso limitado a tecnologias de ponta, como sessões em túneis de vento: “São ferramentas caríssimas. Se não tivermos orçamento, simplesmente não conseguimos usá-las. Fala-se muito do fraco desempenho dos franceses no contrarrelógio, mas como podemos competir se não temos os mesmos meios de preparação?”
Perante este cenário, a saída da Arkéa parece inevitável. Vauquelin não revelou qual será o seu próximo destino, mas não escondeu os sonhos: “A INEOS Grenadiers, a Team Visma | Lease a Bike ou a UAE Team Emirates - XRG são equipas de sonho. Trabalham com mais recursos, com mais rigor, com uma meticulosidade que faz a diferença.”
Enquanto o mercado se prepara para um verão agitado, é cada vez mais evidente que Kevin Vauquelin está prestes a dar o salto para um contexto onde o seu talento poderá, finalmente, ser acompanhado pelas ferramentas certas para alcançar o sucesso.
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