Kristen Faulkner incrédula depois de derrotar Vos e Kopecky: "O que é que acabou de acontecer?!"

Kristen Faulkner é campeã olímpica! Após um final emocionante da corrida de estrada feminina nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, Faulkner ultrapassou o trio de estrelas Marianne Vos, Lotte Kopecky e Blanka Kata Vas para garantir uma fabulosa vitória a solo.

Depois de Vos e Vas terem atacado e passado juntas a marca dos 20 quilómetros para a meta, parecia que as medalhas de ouro e prata entregues. No entanto, Faulkner não tinha desistido e, na subida final de Montmartre, a americana fez um ataque monstruoso na frente do grupo perseguidor, livrando-se de todas as até então companheiras de grupo, excepto a campeã mundial Lotte Kopecky, acabando por anular a fuga das duas líderes da corrida. De longe a menos conhecida das quatro líderes, Faulkner ainda não tinha dado por terminado o seu ataque e atacou as líderes a cerca de 3 quilómetros do fim. Enquanto pedalada para a vitória , o trio atrás de si limitava-se a olhar umas para as outras, entregando à americana a medalha de ouro.

"Sinto que este é um sonho tornado realidade", reflecte a ciclista de 31 anos, em conversa com a Eurosport. "Corri um grande risco há alguns anos para perseguir o meu sonho e consegui realizá-lo! É a melhor sensação do mundo e não sei como a descrever".

"Tinha grandes esperanças", insiste ela, cheia de uma autoconfiança compreensível, quando questionada se acreditava que isto era possível no início do dia. "Vou correr a perseguição por equipas na pista dentro de alguns dias, por isso disse que só faria a corrida de estrada se me sentisse forte e tivesse hipóteses de ganhar uma medalha, essa é a única razão pela qual estou aqui. Sabia que ia ser uma corrida muito dura, mas estava a correr para ganhar, não apenas para participar. Vim com a ambição de que, se não viesse para ganhar uma medalha, iria correr. Foi essa a promessa que fiz ás minhas colegas de equipa de perseguição".

"Eu sabia que a Kopecky queria apanhar as duas da frente, por isso ela trabalhava comigo. Houve algumas vezes em que parecia que ela não queria trabalhar, mas sim, eu tinha de a obrigar porque sabia que ela queria ganhar e que a única hipótese para ela era se as apanhassemos", recorda Faulkner sobre o dramático final. "Mas também sabia que, se as apanhassemos, tinha de atacar porque não as conseguiria vencer na linha. Era a minha oportunidade e já tinha tentado fazer um ataque tardio várias vezes este ano, pelo que me senti bastante confortável e só esperava que funcionasse."

No entanto, quando cruzou a linha de meta, não celebrou com euforia a vitória "Tinha quase a certeza de que tinha ganho, mas, para ser sincera, senti-me um pouco como: "O que é que acabou de acontecer?"" Faulkner ri-se. "Não consegui processar a vitória. É um feito enorme para me aperceber do que tinha acontecido naquele momento, por isso demorei alguns minutos e tive de verificar duas, três vezes se tinha acabado de ganhar o ouro. Eu sabia... mas não acreditava!"