Laurence Pithie quer desafiar os "tubarões" nos monumentos: "Estou melhor do que nunca"

Ciclismo
quarta-feira, 02 abril 2025 a 3:30
laurencepithie

Laurence Pithie foi uma das agradáveis surpresas da primavera passada, destacando-se com um estilo ofensivo e corajoso que lhe valeu, entre outros resultados, um notável 7.º lugar na Paris-Roubaix. Para 2025, o neozelandês integra agora o ambicioso projeto da Red Bull - BORA - hansgrohe, que pretende afirmar-se como a próxima grande potência nas Clássicas - uma sucessora natural da lendária Wolfpack da Quick-Step. E Pithie não esconde a ambição: quer assumir-se como líder do bloco de Clássicas.

Preparação diferente, mesma ambição

Ao contrário de anos anteriores, o ciclista de 21 anos iniciou a sua época europeia mais tarde. Uma escolha estratégica, como explicou ao In de Leiderstrui:

“Falhei o Opening Weekend, mas no fim de contas são só duas corridas, certo? O inverno é curto, é preciso fazer escolhas e garantir que todos os aspetos estão alinhados".

Pithie optou por uma abordagem mais focada e metódica, que incluiu um bloco de treinos na Nova Zelândia, seguido de três semanas em altitude em Tenerife, após competir na Austrália.

“Mudei muita coisa - desde o treino à nutrição e à gestão do desempenho. Estou melhor do que nunca, sem dúvida. Dei mesmo um passo em frente e posso tirar confiança disso.”

Confiança na juventude da Red Bull - BORA - hansgrohe

Apesar de o jovem núcleo de clássicas da equipa ainda não ter apresentado grandes resultados em 2025, Pithie acredita no potencial do grupo:

“Temos uma equipa muito jovem, mas damo-nos bem. O ambiente é positivo, e isso vai refletir-se nas corridas. Estamos a crescer juntos".

A ausência de uma referência como Mathieu van der Poel ou Wout van Aert obriga a uma abordagem mais aberta e coletiva, defende:

“Se não temos um líder incontestável, temos de jogar com mais cartas. Se conseguirmos chegar ao final com várias opções, temos boas hipóteses".

Neste contexto, destaca a importância da comunicação dentro da equipa:

“Temos de ser honestos uns com os outros, perceber quem está melhor e quem não está. A equipa técnica ajuda-nos muito nesse sentido. Vai correr tudo bem".

Pequenos azares, grandes sinais

Apesar da boa forma, a sorte ainda não acompanhou Pithie neste início de primavera. Caiu após a Cipressa na Milan-Sanremo, teve dois furos na E3 Saxo Classic e acabou por falhar a jogada decisiva na Gent-Wevelgem. Ainda assim, o neozelandês está confiante:

“Sinto que estou pronto. Treinei muito bem, sinto-me mais forte do que nunca".

À espera da oportunidade nas grandes Clássicas

Questionado sobre se irá repetir os ataques de longe que o deram a conhecer no ano passado, sobretudo na Flandres e em Roubaix, Pithie respondeu com um sorriso:

“Duvido que ataque tanto como no ano passado... mas nunca se sabe, estas clássicas são sempre imprevisíveis. Temos de estar preparados para tudo quando a oportunidade surgir".

A promessa está lançada: Laurence Pithie chega às grandes clássicas com ambição, pernas e uma equipa em crescimento. O pelotão que se prepare.

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