A época de estrada de 2025 chegou ao fim e, entre clássicas, Grandes Voltas e corridas por etapas, o pelotão assistiu a uma impressionante variedade de vencedores. Mas, contra as expectativas gerais, o nome que mais vezes ergueu os braços este ano não foi
Tadej Pogacar, foi
Lorena Wiebes, que somou 25 vitórias oficiais (27, se incluirmos o título mundial de gravel).
A sprinter da SD Worx - Protime consolidou a sua posição como a referência absoluta nos sprints femininos, num ano em que também venceu a primeira edição da Milan-Sanremo feminina e dois triunfos na Volta a França Feminina.
10.º lugar (11 vitórias): Kooij, Salby, Reusser e Vollering
O 10.º posto foi partilhado por Olav Kooij, Alexander Salby, Marlen Reusser e Demi Vollering, todos com 11 vitórias.
Entre os homens, Kooij brilhou com a Visma | Lease a Bike, triunfando em corridas como a Volta ao Omã, o Tirreno-Adriatico, a Volta a Itália e a Volta à Polónia, somando agora 47 vitórias profissionais aos 24 anos.
O dinamarquês Alexander Salby, entretanto, encontrou nova vida no calendário asiático com a Li Ning Star, acumulando vitórias em etapas e pontos UCI que o relançaram para o top-100 mundial.
No lado feminino, Reusser e Vollering dominaram o calendário WWT. A suíça conquistou os títulos de Campeã do Mundo, da Europa e da Suíça em contrarrelógio, enquanto Vollering voltou a vencer a Strade Bianche, a Vuelta Femenina, a Itzulia Women e a Volta à Catalunha, terminando ainda em segundo lugar na Volta a França Feminina.
9.º: Jarno Widar (13 vitórias)
Aos 19 anos, Jarno Widar confirmou-se como a nova pérola belga do ciclismo sub-23. Venceu a Liège-Bastogne-Liège U23, o Giro della Valle d’Aosta (três etapas e geral), a Ronde de l’Isard e o Campeonato da Europa, terminando também em segundo no Tour de l’Avenir. Em 2026, fará a sua estreia no WorldTour com a Lotto-Intermarché.
6.º (14 vitórias): Dusan Rajovic, Mads Pedersen e Matthew Brennan
Três ciclistas partilham o sexto posto, cada um com 14 vitórias.
O sérvio Dusan Rajovic (Solution Tech - Vini Fantini) aproveitou o calendário asiático para construir uma das épocas mais consistentes da sua carreira, vencendo em seis países diferentes.
Mads Pedersen teve o seu melhor ano com a Lidl-Trek, vencendo a Gent-Wevelgem, quatro etapas na Volta a Itália, o Campeonato Dinamarquês de contrarrelógio e uma etapa na Volta a Espanha, entre muitos outros resultados de topo.
O prodígio britânico Matthew Brennan, apenas com 19 anos, venceu corridas em vários palcos World Tour: Volta à Catalunha, Volta à Romandia, Volta à Noruega, Volta à Polónia e Volta à Alemanha, revelando-se como o novo sprinter de referência da Visma.
5.º: Tim Merlier (16 vitórias)
O belga Tim Merlier voltou a provar que é um dos sprinters mais letais do pelotão.
Com 16 vitórias pela Soudal - Quick-Step, brilhou no Paris-Nice, no Renewi Tour e venceu duas etapas na Volta a França, além de triunfos no Scheldeprijs, Brussels Cycling Classic e na Volta à Bélgica.
4.º: Isaac Del Toro (18 vitórias)
O fenómeno mexicano
Isaac Del Toro foi um dos grandes protagonistas do ano. Aos 21 anos, o ciclista da UAE Team Emirates - XRG venceu 18 corridas, incluindo a Milan-Torino, a Volta a Burgos, a Volta à Áustria (com três etapas) e uma série de clássicas italianas como o Giro dell’Emilia e o Gran Piemonte.
Além disso, terminou em 2.º lugar na geral da Volta a Itália, confirmando-se como o novo pilar do futuro da UAE.
3.º: Paul Magnier (19 vitórias)
A revelação francesa da Soudal - Quick-Step brilhou sobretudo na segunda metade da época. Após um início discreto, Paul Magnier somou 19 vitórias, destacando-se pela sequência histórica entre setembro e outubro: 14 vitórias em 18 dias de corrida, incluindo a Volta à Eslováquia, a Cro Race e cinco etapas na Volta a Guangxi.
2.º: Tadej Pogacar (20 vitórias)
O Campeão do Mundo somou 20 vitórias, todas em corridas de elite.
Tadej Pogacar venceu a Volta a França (com quatro etapas), o Campeonato do Mundo em Kigali, o Campeonato da Europa em Drôme-Ardèche e três monumentos: Volta à Flandres, Liege-Bastogne-Liege e Il Lombardia.
A estes juntam-se triunfos no UAE Tour, Strade Bianche, Fleche Wallonne, Critérium du Dauphiné e Tre Valli Varesine, consolidando mais uma temporada de domínio absoluto.
1.ª: Lorena Wiebes (25 vitórias)
A rainha das vitórias em 2025 foi, sem discussão, Lorena Wiebes.
Com 25 vitórias oficiais, a holandesa superou Pogacar e todos os seus colegas de pelotão, fechando um ano de excelência.
Wiebes venceu duas etapas na Volta a França Feminina, os campeonatos nacionais neerlandeses, a primeira Milan-Sanremo feminina, além de triunfos na Omloop het Nieuwsblad, Le Samyn, Gent-Wevelgem, Simac Ladies Tour (cinco etapas + geral) e Volta a Burgos, entre muitas outras.
O seu título mundial de gravel, obtido frente a Marianne Vos, foi a cereja no topo de uma temporada que confirma o seu estatuto como a sprinter mais dominante do ciclismo moderno.