A vitória escapou a
Lotte Kopecky na edição de 2025 do
Paris-Roubaix Feminino. Depois de triunfar na Volta à Flandres na semana anterior e de demonstrar novamente excelente forma nos pavês, a campeã do mundo não conseguiu repetir o feito no Velódromo de Roubaix. A vitória foi para
Pauline Ferrand-Prévot, que lançou um ataque solitário decisivo a 20 quilómetros do fim, numa jogada que acabou por surpreender as principais favoritas.
No final da corrida, Kopecky não escondeu a desilusão e admitiu que a estratégia da
Team SD Worx - Protime foi, no mínimo, questionável. “Ainda não tenho muitas ideias. Vou pensar nisso mais tarde”, declarou à NOS, visivelmente frustrada com o desfecho. “Fizemos uma escolha errada durante a corrida. A Emma Norsgaard-Bjerg ainda estava bem, mas não devíamos ter dado espaço à Pauline".
Com Ferrand-Prévot já isolada na frente, Kopecky viu-se subjugada a um papel de gregária, trabalhando no grupo perseguidor para tentar preparar um eventual sprint de
Lorena Wiebes. No entanto, a organização falhou e a vantagem da francesa manteve-se até à meta.
A belga reconheceu que o momento decisivo foi precisamente quando a ciclista da Visma | Lease a Bike ganhou espaço: “Penso que sim”, confirmou. E quando questionada se se sentiu colocada demasiado cedo no papel de gregária, a resposta foi curta e carregada de frustração: "Sim… É assim que as coisas são".
Apesar do desfecho amargo, Kopecky deu tudo por Wiebes, que acabou por ser terceira, desligando-se nos metros finais. Mas o Paris-Roubaix deste ano foi uma lição de que, mesmo com força nas pernas, as decisões estratégicas podem ditar o desfecho de uma corrida.