Lotte Kopecky escreveu mais uma página dourada na sua carreira este domingo, ao tornar-se a primeira mulher a conquistar três vitórias na Volta à Flandres, vencendo ao sprint num grupo restrito de quatro ciclistas em Oudenaarde. A belga da Team SD Worx – Protime superou um dia agitado para levantar os braços num dos maiores palcos do ciclismo mundial.
“Sinto-me bem. Foi uma corrida caótica, com muitas quedas logo no início. Estava muito nervosa e as pernas não estavam a responder bem”, confessou Kopecky, de 29 anos, na entrevista após a prova. “Mas ao fim de duas horas senti-me bastante melhor, muito melhor do que na quarta-feira. E como equipa estivemos excecionais".
O momento-chave, segundo a própria, surgiu no Kruisberg:
“Foi aí que percebi que o grupo se estava a partir. Depois, quando já só éramos quatro após o Kwaremont, concentrei-me em sobreviver ao Paterberg e manter o foco até à meta. Sabia que se estivesse ali, tinha uma boa oportunidade – e executei o plano na perfeição".
Na fase final, Kopecky mediu forças com Katarzyna Niewiadoma, Liane Lippert e Pauline Ferrand-Prevot, num sprint tático e disputado:
“Tive de agarrar de imediato a roda da Niewiadoma depois de ela ter atacado de longe e manter-me firme junto às barreiras, sem deixar que o ritmo abrandasse. Quando elas lançaram o sprint, sabia que era o meu momento. Arranquei com tudo".
Mais do que igualar o recorde, vencer com a Camisola Arco-Íris teve um peso especial para Kopecky:
“Ganhar com esta camisola e com os calções brancos significa muito para mim – talvez até mais do que o próprio número de vitórias aqui. A celebração? Já a tinha planeado... Foi pelos meus bíceps, que estão muito fortes!”, brincou, após a exibição que lhe valeu mais um lugar na história.
HISTORIC HAT-TRICK!
— Cycling on TNT Sports (@cyclingontnt) April 6, 2025
🇧🇪 Lotte Kopecky wins the Tour of Flanders for a third time! 🌈 pic.twitter.com/3Gljn5ZOCK