Adrie Van der Poel acredita que a queda afetou o desempenho do filho na Volta à Flandres: "Sem aquela queda, ele teria continuado na corrida com forças suficientes para lutar pela vitória"

Mais uma vez, Mathieu van der Poel e Tadej Pogacar protagonizaram um duelo memorável na Volta à Flandres de 2025, oferecendo aos adeptos um espetáculo digno da grandeza do Monumento flamengo. No entanto, desta vez, foi o campeão do mundo esloveno a sair vitorioso, enquanto Van der Poel teve de se contentar com o último lugar do pódio.

Para Adrie van der Poel, pai do líder da Alpecin-Deceuninck, poderá haver uma pequena mancha na vitória de Pogacar. A razão? Uma queda sofrida por Mathieu a cerca de 126 quilómetros do final, que, segundo Adrie, poderá ter condicionado o desfecho da corrida.

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"As quedas são muitas vezes subestimadas", sublinhou Van der Poel sénior, em declarações ao VTM Nieuws. "Ainda se está a bater no chão a sessenta quilómetros por hora. Estou convencido de que, sem aquela queda, ele teria continuado na corrida com forças suficientes para lutar pela vitória. A queda teve um impacto grande".

Apesar do contratempo, Van der Poel recuperou rapidamente, mostrou resiliência e foi o único a responder aos sucessivos ataques de Pogacar durante a fase decisiva da prova. No entanto, na última subida ao Oude Kwaremont, acabou por ceder. Na luta pelo segundo lugar, Mads Pedersen levou a melhor no sprint, relegando o holandês para o terceiro posto.

"O Mads jogou de forma inteligente e é claramente mais rápido. Além disso, o vento também influenciou bastante a forma como a corrida se desenvolveu", acrescentou Adrie.

Apesar do desfecho amargo, o clã Van der Poel mantém o foco na Paris-Roubaix, agendada para o próximo domingo, onde o líder da Alpecin voltará a ser uma das grandes figuras.

"O tempo vai estar bom, seco, e ele consegue gerir bem as curvas. Além disso, a UAE Team Emirates tem uma equipa sólida. Mas quando já não há nada nas pernas, não vamos a lado nenhum", concluiu o antigo campeão mundial.

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