A situação financeira da
Lotto continua a levantar sérias preocupações. Apesar de praticamente garantido o regresso ao WorldTour no próximo ciclo de três anos, a equipa belga enfrenta crescentes dificuldades em manter os seus quadros mais valiosos, perante a ausência de um copatrocinador forte e propostas tentadoras vindas de formações rivais.
O caso mais sonante foi a transferência de
Maxim Van Gils para a
Red Bull - BORA - Hansgrohe durante o último defeso, após uma primavera de 2024 brilhante. O negócio deixou claro que os “tubarões” do pelotão já sentem o cheiro a sangue, com a Lotto a tornar-se presa fácil perante a sua vulnerabilidade económica.
Com jovens de enorme potencial na equipa principal e na estrutura de desenvolvimento - como o fenómeno da montanha
Jarno Widar, campeão vigente do Giro Next Gen - o diretor-geral Stéphane Heulot terá de fazer verdadeiros malabarismos para manter o projeto competitivo até, pelo menos, 2026.
Apenas 18 ciclistas têm contrato com a Lotto para a próxima temporada
Segundo avança o jornal Het Laatste Nieuws, dois nomes importantes do bloco de clássicas estão de saída:
Alec Segaert e
Brent Van Moer deverão juntar-se à
Bahrain - Victorious. A saída de Segaert, uma das maiores promessas do contrarrelógio a nível mundial, é especialmente dolorosa para o projeto belga.
Mas as perdas não se ficam pelos corredores. Também dois membros essenciais da estrutura técnica da Lotto estão prestes a rumar à Bahrain. Trata-se de Nikolas Maes (39 anos), diretor desportivo de referência para as Clássicas e figura central na equipa de performance, e Marc Wauters (56), um dos elementos mais antigos da casa, com funções na direção desportiva desde 2006.
Outro nome histórico, Dirk Demol (65 anos), não deverá seguir o mesmo caminho, mas já terá expressado a intenção de reduzir o seu papel na equipa.