Mads Pedersen: Forma Imparável, Futuro Incerto

Ciclismo
quarta-feira, 16 abril 2025 a 14:00
madspedersen
A primavera de 2025 tem sido dominada por Mads Pedersen como talvez nunca antes. Vencedor em Gent-Wevelgem, pódios na E3 Saxo Classic, Volta à Flandres e Paris-Roubaix — o dinamarquês está a viver uma das melhores fases da sua carreira. Contudo, à medida que brilha nas clássicas, cresce também a incerteza sobre o seu futuro na Lidl-Trek.
Com contrato até ao final do ano e, surpreendentemente, fora da lista provisória da equipa para a Volta a França, Pedersen pode estar a ver o seu estatuto interno enfraquecer, apesar do rendimento estelar. Uma situação que chamou a atenção de algumas figuras do ciclismo dinamarquês.
“Com os desempenhos que tem tido e a forma como tem conduzido, não vejo como não ser o único líder da equipa”, sublinha Michael Morkov, seleccionador nacional, em declarações no podcast Café Eddy. Já o antigo profissional e comentador Brian Holm vai mais longe: “Se eu fosse o seu agente ou conselheiro, diria: ‘Mads, acho que está na altura de mudares de equipa’”.
A ligação entre Pedersen e a equipa norte-americana remonta a 2017 e já conheceu muitos momentos altos, incluindo o título mundial em 2019. No entanto, nem tudo tem sido harmonia nos bastidores. Ainda no início da temporada, após a primeira etapa da Paris-Nice, Pedersen criticou publicamente os colegas de equipa pela falta de apoio na fase final: “O trabalho que está a ser feito hoje não é suficientemente bom. Podemos analisar o que quisermos, mas não é suficientemente bom”, afirmou à TV2.
E mesmo quando venceu de forma impressionante em Gent-Wevelgem, com um ataque a mais de 50 quilómetros da meta, nem todos os colegas partilharam o entusiasmo. “Foi muito estúpido e espero que ele não volte a fazê-lo”, disse Toms Skujins ao Feltet.dk, visivelmente aliviado pelo sucesso mas pouco convencido pela ousadia táctica.
Estas declarações expõem uma possível tensão no seio da equipa, agravada por decisões como a ausência de Pedersen da Volta a França, o que poderá significar que, pela primeira vez desde 2019, o dinamarquês falhará a Grande Volta francesa.
A dúvida persiste: estará Pedersen a ser subvalorizado pela sua equipa? Ou estaremos apenas perante uma série de episódios normais num ambiente competitivo? Seja como for, uma coisa é certa — se continuar a exibir este nível, o mercado não faltará ao dinamarquês quando chegar a hora de decidir o próximo capítulo da sua carreira.
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